O Brasil ficou na 14ª colocação no índice de transição energética de 2023 do Fórum Econômico Mundial. O levantamento, divulgado na última segunda-feira (09/10), mensura o desempenho e o ritmo de descarbonização dos sistemas de energia de 120 países, levando em conta fatores como segurança, confiabilidade, acessibilidade e sustentabilidade.
O ranking é liderado por quatro países nórdicos: Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia, e as onze primeiras posições são ocupadas por europeus. O Brasil é o mais bem colocado entre as nações da América Latina e Caribe.
Com uma alta participação de fontes renováveis em sua matriz elétrica, o Brasil conta com um dos setores elétricos menos intensivos de carbono no mundo. A pontuação média do país melhorou 8% no índice desde 2014.
A análise destacou o crescimento dos investimentos na energia solar e eólica, mas alertou para os impactos da crise hídrica, ocorrida em 2021, na geração hidrelétrica e consequente acionamento de usinas térmicas para garantir o suprimento de energia.
Políticas renováveis
O Fórum Econômico Mundial apontou que o Brasil progrediu na criação de um ambiente regulatório que permita a atração de investimentos e a construção de infraestruturas necessárias para viabilizar a transição energética.
Foi indicado como uma política pública positiva para essa agenda os leilões de energia renovável, lançados em 2004, que ajudaram a incentivar o desenvolvimento de usinas eólicas e solares no país e a tornar essas fontes competitivas em relação a tecnologias tradicionais de geração. A análise destacou que o Brasil se tornou um dos maiores produtores de energia eólica do mundo e conta com capacidade local para a fabricação de turbinas e componentes.
Outro exemplo foi o estabelecimento do sistema de compensação de créditos de energia, que viabilizou o crescimento de instalações residenciais e comerciais de energia solar no país. Por fim, foi mencionado o RenovaBio, programa de incentivo governamental para a produção de biocombustíveis.
Em contrapartida, o relatório observou que mais esforço é necessário para garantir políticas ambientais estáveis para acelerar o processo de descarbonização. Outro ponto de atenção é a falta de investimento em infraestrutura da rede elétrica, especialmente em regiões remotas com potencial para a geração renovável.
Confira o ranking de transição energética:
- Suécia
- Dinamarca
- Noruega
- Finlândia
- Suíça
- Islândia
- França
- Áustria
- Holanda
- Estônia
- Alemanha
- Estados Unidos
- Grã-Bretanha
- Brasil
- Portugal
- Espanha
- China
- Hungria
- Canada
- Luxemburgo
- Albânia
- Nova Zelândia
- Uruguai
- Austrália
- Costa Rica
Fonte: Portal Solar