No início da civilização humana, quando a população ainda era consideravelmente reduzida em comparação aos números de hoje, a natureza supria os recursos necessários para a produção de energia e alimentos. Quando havia necessidade, as populações se moviam para outras regiões, sem maiores preocupações com a capacidade natural de regeneração dos recursos.
No entanto, após o início da industrialização e do uso intensivo de recursos, como madeira para construções, embarcações e geração de calor, acabou levando à destruição de ecossistemas em diversas regiões, principalmente a partir do surgimento das grandes cidades. E, com a crescente demanda por energia, novas fontes de energia primária foram exploradas, além da madeira: potencial hidráulico de rios, carvão mineral, petróleo e seus derivados e urânio.
O que você vai encontrar neste post:
Classificação das fontes de energia
As fontes de energia são classificadas como primárias e secundárias e o conjunto dessas fontes é denominado matriz energética. As fontes primárias são obtidas através de recursos naturais e ainda não sofreram nenhum tipo de transformação, sendo utilizadas como matéria-prima para produção de outros tipos de energia. São exemplos de fontes primárias:
- Petróleo
- Gás natural
- Carvão mineral
- Biomassa
- Energia solar
- Energia eólica
- Energia hídrica
- Energia geotérmica
A partir de transformação, a energia primária gera a energia secundária, que é efetivamente consumida pelo homem, atendendo suas demandas:
- Eletricidade produzida em hidrelétricas, termelétricas, usinas eólicas e fotovoltaicas;
- Derivados de petróleo, como óleo diesel, óleo combustível, gasolina e querosene;
- Biomassa, como biogás e biocombustíveis;
- Calor de combustão em caldeiras
Fontes Renováveis
Para uma fonte primária ser considerada renovável, as condições naturais devem permitir sua reposição em um curto período de tempo. Além disso, a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) são menores que a das fontes não renováveis, facilitando sua inserção no mercado brasileiro e mundial. São fontes renováveis:
- energia solar (radiação emitida pelo Sol);
- energia oceânica (variação das marés);
- energia geotérmica (originada no interior da Terra);
- energia potencial hidráulica (quedas d’água ou força de rios);
- energia eólica (ventos) e
- biomassa (resíduos orgânicos, produtos agrícolas, lenha, carvão vegetal).
Fontes Não renováveis
Por outro lado, as fontes de energia não-renováveis são aquelas que a natureza não consegue repor em um período temporal compatível com o consumo pelos seres humanos, sendo:
- petróleo;
- carvão mineral;
- gás natural e
- urânio.
As fontes de energia não-renováveis também são conhecidas como fontes de energia convencionais, quando formam a base de suprimento (fornecimento) de energia. Hoje, grande parte da energia consumida no mundo é proveniente de fontes não renováveis, por possuírem um elevado potencial energético e preços atrativos, além de já teruma infraestrutura estabelecida para geração e transmissão. Um fator importante é a capacidade de despachabilidade dessas fontes, que permite injetar energia na rede nos momentos de maior necessidade.
As fontes energéticas podem ser classificadas conforme a Tabela 1.
Fontes | Energia primária | Energia secundária | |
Não renováveis | Fósseis | Carvão mineral, gás natural e petróleo e derivados | Eletricidade, calor, combustível |
Nuclear | Materiais físseis | Eletricidade, calor | |
Renováveis | Tradicionais | Biomassa primitiva: lenha de desmatamento | Calor |
Convencionais | Potenciais hidráulicos de médio e grande porte | Eletricidade | |
Modernas | Potenciais hidráulicos de pequeno porte | Eletricidade | |
Biomassa moderna: lenha replantada, culturas energéticas | Calor, eletricidade e biocombustíveis | ||
Outras | Energia solar | Eletricidade, calor | |
Geotérmica | Calor e eletricidade | ||
Eólica | Eletricidade | ||
Oceânica | Eletricidade |
Ciclo de vida de um sistema energético
O ciclo de vida de um sistema energético nada mais é que as etapas que compõem sua produção, consumo e pós-consumo, como é apresentado na Figura 1.