Sede do Google usa teto estilo ‘pele de dragão’ para ter energia renovável
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Inaugurado quase dez anos depois do anúncio de sua criação, o campus conta com essa tecnologia de energia solar moldada para otimizar os horários com maior incidência do Sol ao longo do dia.
Segundo reportagem do site FastCompany, os painéis, combinados com a energia eólica local, farão com que o campus esteja bem alinhado com a estratégia do Google em funcionar com energia 100% renovável, 24 horas por dia até o final da década. Neste momento inicial, o espaço funciona com 90% de energia renovável.
“Começamos realmente procurando como resolver problemas de forma holística. Os processos de design típicos foram otimizados para resolver problemas em silos”, afirmou Asim Tahir, líder da estratégia de energia renovável e distrital para os projetos de desenvolvimento do campus do Google.
Como funcionam os painéis
Os painéis em formato de escama de dragão foram projetados para atender diversas funções no edifício, não apenas a de energia solar.
Segundo o Google, além de proteger o espaço de intempéries climáticas, eles também deixam a luz natural entrar por meio de janelas que possibilitam aos funcionários ter uma vista da paisagem natural a partir de qualquer local.
Além disso, o formato de escamas ainda permite maximizar a quantidade de água que pode ser capturada e armazenada quando chove no local. Essa água é utilizada na irrigação dos jardins.
Por fim, a forma curvada do painel ainda ajuda a capturar a luz solar. As partes dele foram instalados em diversos ângulos, permitindo que a energia solar seja capturada em diferentes momentos ao longo do dia, como no início da manhã e no final da tarde, quando a rede elétrica costuma ter menos energia renovável.
Mais sustentabilidade
A ideia dos arquitetos do Bjarke Ingels Group e do Heatherwick Studio, responsáveis pela obra, era tornar o local, que tem mais de um 90 mil metros quadrados, em um espaço o mais sustentável possível.
Construído em um local que enfrenta uma seca severa, o novo escritório do Google foi projetado também para economizar água.
Além disso, o local possui o maior sistema geotérmico da América do norte, o que permite aquecer e resfriar o edifício sem combustíveis fósseis. Esse sistema geotérmico também é responsável por reduzir pela metade as emissões de carbono no local.
Instalado no subsolo, ele aproveita a temperatura constante abaixo da superfície para bombar calor para frente e para trás, trabalhando no aquecimento e resfriamento do espaço. Estima-se que esse processo ajude a economizar cerca de 19 milhões de litros de água que teriam de ser usados em uma torre de resfriamento padrão ao longo do ano.
Fonte: UOL