A energia solar atendeu 19,2% da demanda no Brasil, com um total de 19.403 megawatts (MW), em um dos momentos críticos de grande carga já registrada no País. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), nesta semana, no dia 13 de novembro, houve uma alta no consumo instantâneo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), por conta do período da maior onda de calor já registrada nos últimos anos no território nacional.
Na data em que esse patamar foi registrado, o Sol brilhava forte no céu: o atendimento à carga era feito por 8.505 MW de geração solar centralizada (8,4%) e 10.898 MW de geração solar proveniente de micro e minigeração distribuída (10,8%). Já a geração hidráulica atendeu 61.649 MW (61,1%), a geração térmica foi responsável por 10.628 MW (10,5%) e a eólica por 9.284 MW (9,2%).
Na avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a simultaneidade de picos de calor com altos níveis de geração solar nas usinas e nos telhados é uma característica singular da fonte fotovoltaica, o que garante mais robustez e segurança ao sistema elétrico como um todo.
“Assim, a fonte solar fotovoltaica tem sido e foi fundamental no suporte ao SIN neste momento de elevação de temperatura e demanda recorde. Além de proteger o bolso do consumidor do acionamento das usinas termelétricas, a solar também evitou a geração de mais emissões de gases de efeito estufa na geração de eletricidade do País”, explicou o vice-presidente de geração centralizada da Absolar, Ricardo Barros.
Para o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, a fonte solar contribui para diversificar a matriz elétrica, com sustentabilidade, além de ser altamente versátil e de ágil implantação. “A versatilidade dos empreendimentos solares fotovoltaicos também é observada na diversidade geográfica das usinas no território nacional, com centrais geradoras espalhadas em todas as regiões do país”, comentou.
“Especificamente, no caso da geração própria instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos, diretamente nos centros urbanos e de consumo, a fonte ajuda a fortalecer e traz mais resiliência à rede elétrica, ao concentrar a produção de eletricidade próximo dos locais de consumo. Isso reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”, concluiu Sauaia.
Cenário atual
O Brasil ultrapassou nesta semana a marca de 35 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia solar, o equivalente a 15,9 % da matriz elétrica do País, segundo mapeamento da Absolar.
De acordo com a entidade, desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 170 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 47,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 1 milhão de empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 42,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
No segmento de geração distribuída de energia, são 24,4 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 122,5 bilhões em investimentos, R$ 31,2 bilhões em arrecadação e mais de 730,8 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração distribuída no país, liderando com folga o segmento.
O Brasil possui cerca de 10,6 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, as grandes usinas solares já trouxeram ao País cerca de R$ 47,6 bilhões em novos investimentos e mais de 318,8 mil empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação aos cofres públicos que supera R$ 16,7 bilhões.
Fonte: Portal Solar