Unipar busca novos projetos de energia renovável para investir

Líder na produção de cloro e soda na América do Sul, a Unipar fechou recentes acordos com as geradoras AES Brasil e Atlas.

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A Unipar avalia novos investimentos em ativos de energia renovável, para atender à sua própria demanda com geração limpa, disse ao Scoop by Mover o presidente da petroquímica, Mauricio Russomano.

Líder na produção de cloro e soda na América do Sul, a empresa fechou recentes acordos com as geradoras AES Brasil e Atlas para parcerias na implementação de usinas eólicas e solares, e novas associações como essas estão no radar.

“Estamos olhando outros investimentos em energia para suportar nosso crescimento, os projetos de expansão da empresa. Vamos continuar olhando alternativas”, disse.

Os negócios da Unipar em energia envolveram a associação com grupos do setor responsáveis pela construção e futura operação de usinas eólicas e solares. A petroquímica tem participação acionária nos projetos e acesso à energia produzida por até 20 anos.

Esse modelo de parceria, conhecido como “autoprodução”, atrai companhias com grande consumo de eletricidade, por permitir redução de custos e acesso à geração de fontes renováveis, que atendem compromissos das empresas com redução de emissões. Esses investimentos se tornaram um nicho rentável para geradoras de energia e desenvolvedoras de projetos.

A AES Brasil estima que a demanda de grandes empresas por associações de autoprodução com fontes renováveis é de 2,1 gigawatts médios. Isso é mais do que a energia disponível para venda da AES Brasil neste ano, de cerca de 1,64 gigawatt médio, e muito superior ao volume negociado no último leilão promovido pelo governo para viabilizar novas usinas, que contratou 151 megawatts médios.

Além da Unipar, empresas como a Braskem e a Vale também fecharam associações com elétricas para projetos de autoprodução de energia nos últimos anos.

“Esses projetos têm um benefício, por causa do regime de autoprodução eles não pagam alguns encargos, e aí é que está boa parte da economia”, disse Russomano, que também ressaltou a redução da pegada de carbono como outra benesse.

Os projetos renováveis viabilizados pelas parcerias da Unipar iniciarão operação gradualmente entre o final do ano e o início de 2024. A fatia da companhia nos investimentos será de cerca de R$400 milhões.

Em paralelo, a Unipar tem planos de apresentar ao mercado em agosto todas suas metas e compromissos de sustentabilidade, disse Russomano. Ele destacou que a companhia está em situação “bastante positiva”, com caixa de R$1,86 bilhão e endividamento bruto abaixo disso, em R$1,4 bilhão.

Sobre notícias que apontaram possível apetite da companhia pela compra da rival Braskem, Russomano limitou-se a dizer que a Unipar “não comenta rumores de mercado”.

Fonte: Mover

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