O protagonismo brasileiro na geração de energia limpa é evidenciado, principalmente no Dia Mundial do Meio Ambiente.
Segundo um estudo recente da Redirection International, consultoria especializada em fusões e aquisições (M&A), houve um impressionante aumento de 58% nas M&A envolvendo empresas de energias renováveis no Brasil em 2022. Este número aumentou de 31 transações em 2021 para 49 em 2022, ecoando um ano favorável para o setor de energia em geral, que apresentou um crescimento de 81% no mesmo período.
O aumento na participação do setor de renováveis na matriz energética brasileira
Este crescimento do setor de renováveis está em linha com uma tendência geral de aumento da participação de energias renováveis na matriz energética brasileira. Apenas nos primeiros cinco meses de 2023, 16 das 25 operações totais na área de energia envolveram empresas de energia renovável.
“Nós estamos em um momento propício para as negociações de energia renovável. Com mega deals, startups, e projetos em várias fases de desenvolvimento e operação no Brasil, atraímos tanto grandes grupos internacionais querendo vender ativos locais quanto grupos nacionais ajustando seus portfólios”, comenta João Caetano Magalhães, diretor da Redirection International.
Perspectivas para 2023 e o papel da energia limpa no futuro
Para 2023, a expectativa é que as atividades de M&A continuem em ascensão no mercado de energias renováveis. Uma das negociações em destaque é a busca da Eneva por um sócio estratégico ou financeiro para sua plataforma de ativos de energia renovável.
Magalhães ressalta que a geração de energia limpa não é apenas uma tendência mundial, mas também um componente vital para o desenvolvimento de uma economia verde. “O Brasil já é líder global na geração de energia limpa e o mercado está em expansão, com as atividades de M&A seguindo esta tendência.”
O impacto positivo do aumento de negociações envolvendo empresas de energias renováveis
Este crescimento nas M&A reflete o desempenho forte do setor de energias renováveis como um todo, que atualmente responde por mais da metade da matriz energética do Brasil. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a geração hídrica é responsável por quase 50% da energia gerada no país, seguida pela geração solar fotovoltaica com 13,1%, e a eólica com 11,5%. A geração a partir de biomassa ou biogás representa 7,6% do total.
Fonte: CPG