Aluguel de energia solar é opção para economizar

A maior crise hídrica dos últimos 90 anos no Brasil tem feito aumentar constantemente as contas de energia elétrica. O último aumento, anunciado em 29 de junho pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi de 52% no valor da bandeira vermelha patamar 2, taxa extra cobrada na conta.

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A maior crise hídrica dos últimos 90 anos no Brasil tem feito aumentar constantemente as contas de energia elétrica. O último aumento, anunciado em 29 de junho pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi de 52% no valor da bandeira vermelha patamar 2, taxa extra cobrada na conta. Com isso, neste mês, a taxa passou de R$ 6,243 por 100 kWh consumidos para R$ 9,49 por 100 kWh. Em busca de economia na conta de energia, empresários de Rio Preto têm recorrido a uma solução nova: o aluguel de usina solar.

Desde dezembro, o empresário José Henrique Cocenzo decidiu alugar uma usina fotovoltaica para tentar diminuir a conta de energia. “O investimento é zero. Hoje consigo economizar mensalmente entre 11% e 13%. Como tenho um consumo alto todo mês, minha autoprodução seria muito alta e não tenho espaço físico para a instalação dos painéis”.

A energia produzida pela usina solar alugada pelo empresário atende um posto de gasolina, uma loja de conveniência e a sede da transportadora que ele possui. “Futuramente pretendo montar minha autogeração. Uma usina solar somente para atender minhas empresas”, revela.

Quem oferece esse serviço é a 99energia, uma empresa do Grupo Centrais de Geração Compartilhada (CGC) que constrói usinas solares para locação. O aluguel de usina solar por enquanto só está disponível para empresas e é indicado para quem busca economia, sustentabilidade e não tem espaço físico para a instalação dos painéis solares.

“Nosso produto é a eletricidade. Muitos dos nossos clientes não podem ou até mesmo não desejam investir na compra de placas solares. Muitos aplicam esse dinheiro em outra área da empresa”, explica Guilherme Araújo, diretor do Grupo CGC.

Funciona assim: a CGC constrói uma usina e a 99energia faz o trabalho de locação para empresas consumirem a energia que será gerada. O empresário não precisa comprar placas solares, nem instalar no estabelecimento, não precisa fazer obras e nem nenhuma manutenção.
“O principal benefício é que o cliente não precisa se preocupar com praticamente nada, a estrutura já está pronta e não é necessário investimento algum. Também não é necessário fazer alterações na instalação elétrica, tudo continuará da mesma forma, com exceção do valor gasto, que será menor”, explica Guilherme de Araújo.

Ao assinar o contrato de locação da usina, é feita uma solicitação para a rede distribuidora de energia da cidade (em Rio Preto, a CPFL) informando que a energia que será consumida pelo estabelecimento será referente à geração da usina da CGC. A partir daí, o empresário passa a receber duas faturas: uma da CPFL, constando impostos e taxas obrigatórias e uma outra fatura, da 99energia, referente ao consumo de energia.

“O valor da conta que será pago é de acordo com o consumo dos últimos meses. Em cima desse cálculo é oferecido um desconto que vai garantir esse valor independentemente da mudança de bandeiras”.
De acordo com o diretor do Grupo CGC, na bandeira vermelha, o empresário continua pagando a conta com desconto, como se estivesse na bandeira verde. “Oferecemos uma proteção contra bandeiras. Durante esta pandemia, o número de empresas que tem aderido está crescendo bastante, justamente por ser uma solução que não exige nenhum investimento e ainda recebe descontos” .

Produção própria
Em 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu um conjunto de regras para que consumidores de eletricidade pudessem produzir sua própria energia elétrica.De acordo com essas regras, uma pessoa ou empresa poderia instalar no seu telhado ou quintal uma usina e produzir energia, mas sempre de uma fonte de energia renovável, como luz solar, eólica ou biomassa.

“O setor de energia elétrica é gigante e movimenta cerca de R$ 300 bilhões por ano. Dois terços desse mercado enorme correspondem aos consumidores cativos, pessoas físicas, pequenos empresários e unidades consumidoras pequenas que podem produzir sua energia, instalando no seu telhado ou quintal uma usina. Para quem não tem telhado, ou está em local sombreado, uma opção é colocar a usina em outro lugar ou alugar. A determinação é de que a usina geradora esteja localizada na mesma área atendida pela distribuidora de eletricidade”, explica Guilherme Araújo, diretor do Grupo CGC.

Na prática, a eletricidade é gerada em uma usina solar, em um local longe, injetada na rede e a CPFL (no caso de Rio Preto) usa essa eletricidade para vender na cidade. “Para a CPFL, a usina não é nossa, mas de quem alugou. Essa usina pode ser de um cliente só ou de múltiplas empresas”, diz Araújo.

De acordo com o Sebrae, a conta de energia corresponde à segunda despesa fixa mais alta de uma organização, ficando atrás apenas da folha de pagamento. Sendo assim, é um dos principais alvos na busca da redução do valor.

Com a intenção de reduzir custos de energia, o diretor da Bella Capri Franchising, Guto Covizzi, revela que depois de pesquisar soluções, optou pela locação das usinas de energia fotovoltaica. “Começamos com duas lojas, como projeto piloto, no final de 2020. Os resultados foram bem satisfatórios. Neste ano começamos a implantar em todas as lojas. O processo burocrático demora um pouco e estamos em fase final de implantação. Há dois meses finalizamos todas as lojas e estamos satisfeitos com a redução. A redução, agora que estamos com bandeira vermelha, tem sido de 17% a 19%, dependendo da loja e isso atende ao que queríamos”, explica Covizzi.

Fonte: Diário da Região

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