Arábia Saudita inicia obras da maior usina de vapor movida à energia solar do mundo

Empresa da Arábia Saudita está instalando a primeira usina de vapor movida à energia solar do mundo para a produção de alumínio, podendo reduzir cerca de 600 mil toneladas de CO2 por ano.

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A Ma’aden, empresa de mineração da Arábia Saudita, e a fornecedora de células de energia solar sediada nos Estados Unidos GlassPoint, fecharam um acordo inicial para a construção da primeira e maior usina de vapor movida à energia solar do mundo. O intuito da parceria é contribuir na descarbonização no processo de produção de alumínio, que utiliza muita energia em seu consumo e gera problemas ambientais graves devido à queima de carvão.

Usina de vapor da empresa da Arábia Saudita foi batizada de ‘Solar 1’

A instalação da usina de vapor deve contribuir para que a mineradora da Arábia Saudita reduza suas emissões de carbono em cerca de 600 mil toneladas anuais. De acordo com Robert Wilt, CEO da empresa, a construção da usina de vapor movida por energia solar deve reduzir de forma drástica a emissão de gases poluentes da empresa, e isso certamente deixará a empresa mais perto de seu objetivo principal de neutralidade total de carbono até 2050.

A nova usina, que recebeu o nome de Solar 1, será instalada em Ras al Khair, na Arábia Saudita, e aproveitará a energia solar para gerar o vapor utilizado pela empresa na produção de alumínio em uma antiga refinaria de bauxita. Este processo deve reduzir as emissões da mineradora em até 10%, o que seria o mesmo que tirar quase 130 mil carros de passeio de circulação.

Ao invés de utilizar o carvão ou gás para ferver a água e produzir o vapor utilizado no refino da Bauxita, a usina de vapor desenvolvido pela empresa estadunidense utiliza espelhos curvos pendurados em estufas para refletir a energia solar e aquecer os canos responsáveis pela geração do vapor.

Usina de vapor produzirá 1,5 mil MW de energia renovável

De acordo com o vice presidente da empresa da Arábia Saudita, Riyadh Al Nassar, o vapor será utilizado para refinar o minério de bauxita e produzir alumina, uma matéria-prima essencial na produção do alumínio, que atualmente é um dos metais mais importantes do mundo para indústrias globais em um futuro focado no meio ambiente e na sustentabilidade.

Após ser finalizada, a usina de vapor movida à energia solar será capaz de produzir 1,5 mil MW de energia renovável. Essa quantia corresponde a mais da metade do vapor gerado através da combustão de carvão, utilizado atualmente para produção de alumínio na refinaria.

O intuito é instalar um sistema semelhante em toda a cadeia de produção e fornecimento de alumínio, mitigando não apenas as emissões de CO2, mas também os custos de produção de matrizes energéticas mais sustentáveis e economicamente mais eficientes.

Segundo Rod MacGregor, CEO da GlassPoint, a medida em que os países caminham rumo à produção do alumínio verde, a empresa planeja liderar essa transição, apresentando soluções viáveis e de baixo custo que possam torná-la referência na produção sustentável de suprimentos para a indústria automotiva e de produtos eletrônicos.

Projetos semelhantes avançam no Brasil

No início do ano, a PepsiCo instalou um projeto de geração de energia inovador de Snacks em Minas Gerais. Trata-se de uma usina termossolar que conta com painéis refletores que transformam a energia térmica em aquecimento de água.

Com o uso da tecnologia, a empresa evitará a emissão de aproximadamente 280 toneladas de gases de efeito estufa, devido à redução na utilização do gás natural de 140 mil³ na unidade. Esta redução é o equivalente ao plantio de aproximadamente 18 mil árvores.

Fonte: CPG

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