Bilionário da Índia vai construir a maior usina de energia do mundo

Quase do tamanho de Brasília, a usina ficará no estado de Gujarate, na Índia, e será visível do espaço, com mais de 500 km² de área

O dono da empresa de energia Adani Green Energy Limited (AGEL), Sagar Adani, planeja transformar uma área desértica da Índia de mais de 500 km² na maior usina do mundo. A nível de comparação, o local terá tamanho parecido com a cidade de Brasília inteira, e será visível do espaço.

Usina de energia limpa na Índia
A ideia do bilionário indiano de apenas 30 anos é dar utilidade à região fronteiriça do oeste da Índia que, hoje, é estéril — ou seja, não há vida selvagem, vegetação ou habitação. Se tudo der certo, a usina será capaz de gerar energia limpa suficiente para abastecer toda a Suíça, por exemplo.

Em entrevista à CNN, Adani comentou a escala do projeto. Os custos são tão altos que o bilionário não consegue mais acompanhar os gastos. Entretanto, isso não é um probrema para ele, considerando a fortuna acumulada na família.

O diretor da futura usina é sobrinho de Gautam Adani, o segundo homem mais rico da Ásia e detentor de uma fortuna de cerca de US$ 100 bilhões (R$ 518 bilhões em conversão direta).

Todo esse dinheiro vem do Grupo Amani, o maior importador de carvão da Índia e um dos principais mineradores do combustível fóssil. Fundado em 1988, o conglomerado conta com empresas em áreas como portos, usinas termelátricas, cimentos e até imprensa.

O investimento de Adani vai de encontro à maioria dos projetos do grupo, pois lida com energia limpa. Por meio da AGEL, o bilionário quer usar a usina gerar eletricidade para abastacer 16 milhões de residências na Índia por meio de energia solar e eólica.

Ao todo, Adani planeja gastar cerca de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 103 bilhões) para instalar a usina no estado de Gujarate.

Índia quer gerar 50% da energia do país com fontes renováveis
A AGEL é um dos projetos que visa limpar a energia da Índia nos próximos anos. O primeiro-ministro Narendra Mosi prometeu gerar 50% da energia do país com fontes renováveis, como luz solar e vento, até 2030.

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), a Índia deve ter o maior crescimento em demanda de energia, nos próximos 30 anos. Por isso, a meta de Adani é bastante ambiciosa e desafiadora.

Fonte: Uol

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