Brasil tem menor taxa de emissão de carbono na geração elétrica em onze anos.

Emissões de dióxido de carbono no SIN diminuem em 2023 devido à expansão de fontes renováveis, principalmente solar e eólica.

O Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou uma taxa de emissão de 38,5 quilos de dióxido de carbono por cada megawatthora (MWh) gerado em 2023, menor taxa desde 2012, segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Alguns dos fatores que contribuíram para a redução nas emissões foram a entrada de novas fontes renováveis no sistema e o cenário hídrico favorável para a geração hidrelétrica.

Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o país teve recorde de geração renovável em 2023, com 93,1% de toda a eletricidade gerada no ano a partir de usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa.

Em 2023, a capacidade instalada nacional de geração cresceu quase 20 gigawatts (GW), sobretudo a partir das fontes solar e eólica, que representaram juntas 94% da expansão total.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), ações para reduzir a geração térmica a óleo diesel também contribuíram para a queda nas emissões no SIN.

As iniciativas incluem a interligação ao sistema nacional dos sistemas isolados de geração, dependentes de térmicas a diesel. Em 2023, os municípios de Parintins e Itacoatiara, no estado do Amazonas, e Juruti, no Pará, foram interligados ao SIN.

Recorde de geração renovável

Levantamento da CCEE aponta que o Brasil gerou 70.206 megawatts médios de energia renovável em 2023 a partir das suas usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa — 93,1% de toda a eletricidade produzida no ano, o maior da história do país.

As hidrelétricas, que representam cerca de 58% da capacidade instalada da matriz energética brasileira, geraram quase 50 mil megawatts médios para o SIN, 1,2% a mais que em 2022.

A CCEE aponta que as usinas encerraram o ano com níveis de reservatório confortáveis para o enfrentamento do período seco de 2024, graças ao cenário hídrico favorável dos últimos dois anos e ao complemento de fontes alternativas, como eólica e solar.

Estas duas últimas foram responsáveis pela geração de mais de 13 mil megawatts médios, crescimento de 23,8% em relação ao mesmo período de 2022. A entrada em operação de novos parques eólicos e solares elevaram a capacidade instalada para mais de 42,6 mil MW, equivalente a três usinas hidrelétricas do tamanho de Itaipu.

A geração de energia a partir da biomassa, que tem como principal matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar, foi de 3.218 megawatts médios, aumento de 9,6% frente a 2022.

Fonte: UDOP – União Nacional da Bioenergia.

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