Os preços do silício policristalino entraram em colapso, caindo abaixo da marca de US$ 10 por quilo na média global e com cotações inferiores a US$ 9/kg na China, mostra análise da Bernreuter Research. O cenário é decorrente do expressivo aumento de capacidade produtiva da matéria-prima de painéis solares
Entre 2021 e 2022, o mercado passou por uma escassez do insumo, com os preços superando US$ 30/kg. A forte demanda do setor de energia solar exigiu o acréscimo massivo no volume de produção, com as principais fabricantes investindo em novas operações.
Os preços do silício estão em queda desde março, mas dez companhias chinesas ainda iniciarão as atividades de novas plantas, totalizando capacidade de 945 mil toneladas entre junho e agosto. Diante do excesso de oferta, algumas empresas têm paralisado planos e suspendendo operações.
O diretor da Bernreuter Research, Johannes Bernreuter, avalia que essas ações devem desacelerar a trajetória de queda de preços, mas é improvável que o declínio pare antes de atingir o custo necessário para que último produtor atenda a demanda, nível esse que está abaixo de US$ 7/kg.
Impacto no preço dos painéis solares
Em março, a consultoria Clean Energy Associates (CEA) publicou uma previsão de que os preços de painéis solares chineses deverão cair mais do que 15% até o início de 2024, em razão do excesso de oferta de silício policristalino.
Em uma análise anterior, publicada em março, a Bernreuter Research destacou que os planos de longo prazo de expansão de capacidade de produção do insumo totalizam quase 7 milhões de toneladas, o equivalente a uma produção anual de 3.500 GW em placas solares.
Fonte: Portal Solar