Combustíveis fósseis, a ousada posição da União Europeia.

Apesar de mal chegarem ao Hemisfério Sul, as conversas entre líderes mundiais, e as cúpulas do clima, têm produzido resultados. Pelo menos no Hemisfério Norte há um consenso que o maior problema da humanidade hoje é o aquecimento global.

Combustíveis fósseis, a ousada posição da União Europeia.

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Apesar de mal chegarem ao Hemisfério Sul, as conversas entre líderes mundiais, e as cúpulas do clima, têm produzido resultados. Pelo menos no Hemisfério Norte há um consenso que o maior problema da humanidade hoje é o aquecimento global. Em 14 de julho a União Europeia anunciou um plano ambicioso para se livrar dos combustíveis fósseis em apenas nove anos. Mas a UE não ficou apenas nisso. Em 14 anos o bloco propõe eliminar as vendas de carros movidos a gasolina e diesel.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, declarou ao anunciar o plano: “Nossa atual economia de combustível fóssil atingiu seu limite. E sabemos que temos que avançar para um novo modelo que seja movido por inovação, que tenha energia limpa e se mova em direção a uma economia circular.”

Bruxelas se comprometeu por lei a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990.

As propostas, se aprovadas, veriam os últimos carros a gasolina ou diesel vendidos na União Europeia até 2035. Além disso, exigem que 38,5 por cento de toda a energia seja proveniente de fontes renováveis ​​até 2030.

Por fim, a UE pretende aumentar o preço cobrado pelo carbono emitido para tornar o uso de combustíveis fósseis cada vez mais caro.

Para o New York Times, ‘o esforço, impulsionado pela Comissão Europeia, torna a proposta do bloco de 27 países o plano mais agressivo e detalhado do mundo para alcançar uma economia neutra em carbono até 2050, propondo grandes mudanças durante esta década’.

De acordo com cientistas, o mundo precisa reduzir as emissões pela metade até 2030. Isso vai exigir dos maiores poluidores, entre eles Estados Unidos, Europa e China, fazerem os cortes mais agressivos e rápidos.

A posição dos Estados Unidos é de reduzir suas emissões em 40% a 43% até 2030, enquanto a Inglaterra, que sediará a COP 26 em Glasgow em novembro, se comprometeu a reduzir em 68% as suas emissões.

Mercado nacional de carbono

O New York Times diz que ‘a China anunciou que lançaria um tão esperado mercado nacional de carbono que, uma vez implementado, seria o maior do mundo em volume de emissões. De acordo com o plano, as empresas de energia receberiam uma cota fixa de emissões de carbono a cada ano, que poderiam comprar e vender dependendo de suas necessidades’.

Apesar dos avanços, a proposta da União Europeia prevê tarifas sobre importações de países com regras ambientais mais flexíveis. Para alguns analistas, as tarifas podem criar potenciais conflitos comerciais.

Segundo o New York Times, ‘os democratas do Congresso deram um passo preliminar em direção a um imposto semelhante, que eles chamaram de “taxa de importação de poluidor” também com o objetivo de reduzir as emissões’.

O pacote da União Europeia

O pacote teve ampla repercussão. Para a CNN, ‘o pacote de medidas visa transformar fundamentalmente o maior bloco comercial único do mundo. Ele atinge quase todas as áreas da atividade econômica – desde como os cidadãos aquecem suas casas e se deslocam, até uma mudança total nas práticas de manufatura’.

Atualmente a UE é responsável por 8% das emissões mundiais, enquanto a China lidera o ranking, seguida pelos Estados Unidos. Mas, se avaliarmos as emissões cumulativas desde o início da era industrial, as emissões da UE estão entre as mais altas do mundo.

A CNN destaca o comentário do vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, responsável pelo meio ambiente e pelo “Acordo Verde” da Europa, que prevê dificuldades: “Vamos pedir muito aos nossos cidadãos”, disse ele. “Também vamos pedir muito aos nossos setores econômicos, mas fazemos isso por uma boa causa. Fazemos isso para dar à humanidade uma chance de lutar.”

Enquanto isso, no País de Macunaíma a Amazônia bate sucessivos recordes de desmatamento. E já há estudos que mostram que a floresta pode emitir mais gases de efeito estufa do que absorver.

É lamentável assistir impotente o único País que tem uma alternativa aos combustíveis fósseis, com o Proálcool, e que ainda é detentor da matriz energética mais limpa do mundo, jogar no lixo sua liderança histórica.

Fonte: Mar Sem Fim

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