Oitavo maior gerador de energia solar do mundo, o Brasil tem visto os investimentos em usinas fotovoltaicas ganharem proporção no campo. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), há dois milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados e terrenos no país, incluindo as áreas rurais.
Segundo a Absolar, foram investidos R$ 111 bilhões no segmento desde 2012. Em 2022, foi a vez da Cooperativa Veiling Holambra aportar R$ 1,6 milhão na instalação da usina, assim chegando a quatro pátios fotovoltaicos, compostos por mais de três mil painéis solares.
A operação da Veiling exige, em média, 900 megawatt-hora (MWh). Até então, as usinas geram, em média, 180 Mwh, volume suficiente para suprir apenas 20% da demanda energética. Hoje, a empresa conta com 167 mil m² de área construída, sendo 70% dela climatizada devido aos produtos perecíveis, além dos oito mil m² de câmara fria, que são usadas para armazenagem adequada para garantir sua conservação.
De acordo com Jorge Possato Teixeira, CEO da Cooperativa Veiling Holambra, o Plano Estratégico da Cooperativa projeta que, até 2025, 90% da geração de energia consumida seja proveniente das usinas fotovoltaicas. “O fato de aumentarmos nossa capacidade de geração de energia fotovoltaica vai resultar em diminuição nos custos operacionais já que temos um consumo relevante em virtude de nossa refrigeração”, diz.
Investimentos na floricultura
Após um período complicado entre 2020 e 2022, devido à pandemia, o setor da floricultura retomou o fôlego e está em busca de investimentos para expansão. Maior produtor de flores e plantas ornamentais do Brasil, o governo de São Paulo disponibilizou, no primeiro semestre desse ano, R$ 50 milhões para financiamento à modernização e renovação do cultivo de flores e plantas ornamentais.
“Para este setor, nós temos uma linha de financiamento que atendem às necessidades do produtor que é o Projeto Desenvolvimento Rural Paulista, do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista”, diz Francisco Martins, responsável pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgão ligado à Secretaria de Agricultura do estado.
O financiamento ao produtor tem encargo de 3% ao ano e pode ser contratado a partir de R$ 300 mil, quando destinado a pessoa física, até R$ 800 mil, se voltado para cooperativas e associação de produtores rurais. Os valores podem ser utilizados, por exemplo, para painéis solares, sistemas de irrigação e estruturas para estufa e hidroponia.
De acordo com o último balanço realizado pelo Instituto Brasileiro de Flor (IBRAFLOR), em 2021, a cadeia produtiva de floricultura paulista movimentou cerca de 4,3 bilhões de reais e gerando mais de 125 mil empregos diretos e indiretos.
Fonte: Exame