Crise energética impulsiona setor de energia solar

Crescimento da participação na geração distribuída cresceu 50% em 2021; país tem, até agora, 781 mil unidades conectadas à rede.

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O número de unidades de painéis solares, tanto em residências quanto em estabelecimentos comerciais e industriais, cresceu 50% da participação na geração distribuída este ano na comparação com 2020.

Segundo dados do Instituto Nacional de Energia Limpa (INEL), a geração distribuída tinha, no final de 2020, 517 mil unidades participantes (5 GW). Hoje, já são 781 mil (7,1 GW). Ou seja, a energia gerada passou de cinco para sete gigawatts.

Até o final de setembro, o número das novas conexões ultrapassou o total do ano de 2020. Ano passado foram 212.435 novas conexões de geração distribuída e neste ano já são 221.880. Esse crescimento, segundo o INEL tem relação direta com o aumento da conta de luz, motivado, principalmente, pela alta das bandeiras tarifárias em decorrência da crise hídrica.

O estado de Minas Gerais é o primeiro no ranking em número de conexões, com 158.786, seguido de São Paulo (111.460) e do Rio Grande do Sul (98.644). O estado do Rio de Janeiro aparece na quarta posição com (37.837) em número de conexões. Em primeiro lugar estão as unidades consumidoras residenciais, seguida dos setores comercial e rural.

O INEL, em parceria com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), aponta que a implementação de novos 10 GW (gigawatts) de geração distribuída, em até 2 anos, irá contribuir em cerca de 20% para a recuperação do nível de armazenamento de energia dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

A projeção do Instituto é que até 2030 o Brasil tenha mais de 35 gigawatts de potência na geração distribuída. Isso representa cinco vezes mais do que é gerado hoje, com mais de 3,8 milhões de geradores, incluídos casas, comércios, indústrias.

Investir em sistema de captação de energia solar (painéis fotovoltaicos) além de ser mais vantajoso para o consumidor, também contribui para mitigar os impactos do aquecimento global.

“O retorno sobre o investimento dos sistemas fotovoltaicos das casas hoje é próximo a quatro anos. Se financiado, normalmente a parcela do financiamento é menor do que a economia da conta de luz. O brasileiro não precisa tirar dinheiro do bolso para gerar a própria energia”, afirma o presidente do INEL, Heber Galarce.

Hoje, a produção de energia solar para a matriz elétrica representa 2,1% e a expectativa do Operador Nacional do Sistema (ONS) é que até o fim do ano atinja 2,6%.

No dia 29 de setembro, a produção de energia solar fotovoltaica bateu três recordes distintos. O primeiro foi no Sistema Interligado Nacional (SIN), com um pico de geração instantânea no valor de 3.626 megawatts (MW), às 10h52. Essa quantidade de energia corresponde a 4,7% da demanda de consumo no Brasil.

Ainda no período da manhã, no Nordeste, a geração solar instantânea alcançou 2.624 MW, às 10h52, montante suficiente para atender a 21,4% da carga desta região. Em seguida, às 12h08, no Sudeste/Centro-Oeste, foi registrada outra marca inédita para a geração instantânea fotovoltaica, a produção de 1.056 MW que representou 2,4% da demanda do subsistema.

Fonte: CNN Brasil

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