Energia de usinas solares supera termelétricas à carvão no Brasil
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A geração de energia solar por grandes usinas no Brasil em setembro ultrapassou pela primeira vez a soma da potência das usinas termelétricas à carvão, o que se revela uma ótima notícia em meio a um momento delicado para o setor energético no país.
O levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que a potência instalada operacional da fonte solar fotovoltaica em grandes usinas solares (geração centralizada) conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) acaba de ultrapassar a soma da potência de usinas termelétricas fósseis à carvão mineral.
De acordo com mapeamento da entidade, são 3,8 GW em grandes usinas solares, ante a 3,6 GW em termelétricas fósseis movidas a carvão mineral. Em 2019, a solar foi a fonte mais competitiva entre as renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, se consolidando assim como a posição de fonte renovável mais barata do Brasil.
Ao ultrapassar o carvão mineral, as usinas solares de grande porte assumem a posição de sexta maior fonte de geração de energia elétrica do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros: nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins).
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a situação crítica de escassez hídrica, com fortes aumentos tarifários na conta de luz da população, reforça ainda mais o papel estratégico da energia solar como parte da solução para diversificar e fortalecer o suprimento de eletricidade do País, fundamental para a retomada do crescimento econômico nacional.
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, comenta.
Outro destaque da tecnologia solar é a agilidade de implementação, onde uma usina fotovoltaica de grande porte pode ficar totalmente operacional em menos de 18 meses, considerando desde o leilão até o início da geração de energia elétrica.
Conforme já noticiamos, ao incluir a geração própria de energia solar feita pelos consumidores brasileiros, o Brasil já ultrapassa a marca de 10,4 GW de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, ficando entre os 10 maiores do mundo nesse modal. Segundo a ABSOLAR, isso representa mais de 70% da potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo e maior da América Latina.
Fonte: InsideEVs