Energia renovável pode substituir gás russo na Europa até 2028

Estudo da Universidade de Oxford indica que a transição energética seria mais vantajosa economicamente do que importar combustível de outros países.

O gás russo poderá ser substituído por energia renovável na União Europeia até 2028, segundo um estudo realizado pelo Grupo de Finanças Sustentáveis de Oxford, instituição que é parte da Escola Smith de Empreendedorismo e Meio Ambiente da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

O relatório apontou que até 90% do investimento adicional necessário, além dos gastos atualmente planejados com o Acordo Verde Europeu, poderiam ser recuperados nos próximos 30 anos com a eliminação da necessidade de comprar gás.

Ainda de acordo com a pesquisa, a substituição do fornecedor, ao invés de trocar o gás russo por energia renovável, não mudaria o cenário de dependência externa. Dessa forma, os autores concluíram que a mudança para renováveis teria vantagens econômicas, climáticas, ambientais e de segurança.

Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a UE implementou medidas de emergência (RePowerEU) para mitigar sua dependência de gás até 2028. Neste momento, há um esforço entre os europeus para transformar essas medidas emergenciais em políticas consistentes com o Acordo Verde.

O coautor do relatório e diretor de pesquisa de Transição Financeira do Grupo de Finanças Sustentáveis de Oxford, Dr. Gireesh Shrimali, afirmou que, como a Rússia foi responsável por aproximadamente metade do suprimento de gás da UE em 2021, uma transição direta deste gás para renováveis teria um impacto positivo significativo na segurança energética e também na descarbonização.

A transição do gás russo para a energia limpa não só é viável, como também oferece vários benefícios. A substituição do gás natural por energia eólica e solar elimina a necessidade de pagar pelo gás no futuro”, mencionou.

“Ao eliminar a dependência da importação de um combustível fóssil com preços e oferta voláteis, a UE pode aliviar as preocupações com a segurança energética, enfrentar a crise do custo de vida por meio do barateamento dos custos de energia e avançar em suas metas para atingir emissões líquidas zero e enfrentar a crise climática”, acrescentou.

Fonte: Portal Solar

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