Energias renováveis supriram 49% da demanda da Alemanha no primeiro semestre

Produção eólica é principal fonte renovável do país, que já analisa como aumentar área para mais fazendas de geração de energia.

Energias renováveis supriram 49% da demanda da Alemanha no primeiro semestre

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Em meio ao impasse energético em relação ao gás da Rússia, que desafia a Europa com a invasão à Ucrânia, a Alemanha registrou no primeiro semestre de 2022 dados que mostram que metade da energia consumida no país vem de fontes renováveis, segundo a Associação Alemã de Indústrias de Energia e Água (BDEW) e a fundação ZSW, ligada ao setor de energia solar e de hidrogênio.

A participação da geração de energia renovável subiu seis pontos percentuais em relação ao primeiro semestre de 2021, chegando a 49%, aproveitando condições favoráveis de vento e sol intensos. A energia eólica é a principal potência alemã no campo da energia verde.

Em 2020, a fatia da energia renovável no consumo foi ainda maior, suprindo 50,2% da demanda alemã por eletricidade, informou a agência Reuters.

“A redução dos fluxos de gás da Rússia colocou o fornecimento de energia da Alemanha em uma situação excepcional. A maneira mais segura de evitar tal situação no futuro é uma construção rápida de instalações de energia renovável”, afirma Kerstin Andreae, chefe do BDEW, acrescentando que a falta de áreas para construção de fazendas eólicas é um dos maiores obstáculos à expansão das energias renováveis no país, segundo o portal especializado Clean Energy Wire.

A produção alemã total de energia no primeiro semestre subiu 1,7% em um ano, para 298 bilhões de kWh. Já a geração de energias renováveis aumentou 13,5%, produzindo 139 bilhões de kWh. O país pôde exportar 17 bilhões de kWh, apontam os relatórios divulgados.

A produção de energia verde da Alemanha inclui as matrizes eólica, solar, geotérmica, biomassa, processamento de lixo e hidrelétricas.

O domínio da China sobre o mercado das peças que permitem a produção de eletricidade vinda de fontes renováveis foi um tema ressaltado pela fundação ZSW. Os chineses produzem nada menos que 96% das lâminas fotovoltaicas do mundo atualmente. “Essa dependência dos produtores chineses é um risco significativo para a implementação de metas de expansão ambiciosas voltadas para a ação climática e a segurança energética.”

A produção convencional de eletricidade a partir de combustível nuclear, carvão e gás na Alemanha produziu 159 bilhões de kWh no primeiro semestre, 6,7% a menos que no mesmo período de 2021.

A Alemanha reduziu no ano passado as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 39% em comparação com 1990, e pretende atingir uma redução de 65% até 2030.

Fonte: Um Só Planeta

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