Guerra na Ucrânia faz mundo acelerar adoção de energia renovável

Diante da Guerra na Ucrânia, a União Europeia e outros países pelo mundo estão intensificando seus esforços para trocar o uso de combustíveis fósseis por fontes renováveis de energia.

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Diante da Guerra na Ucrânia, a União Europeia e outros países pelo mundo estão intensificando seus esforços para trocar o uso de combustíveis fósseis por fontes renováveis de energia. O medo é que o conflito armado, seguido dos efeitos das sanções ocidentais contra os russos, acabe gerando uma crise energética global.

Desde o início da guerra, a Europa vive uma crise no fornecimento de energia por conta das ameaças de interrupção no fornecimento do gás russo ao continente. Os países europeus são fortemente dependentes do recurso vindo da Rússia, principalmente durante os meses de inverno, para aquecer as casas de suas populações.

Até então, a Agência Internacional de Energia (IEA), baseada em Paris, previa que a capacidade de energia renovável na Europa para o período de 2022-2027 seria duas vezes maior do que no período do quinquênio anterior.

Porém, após a guerra na Ucrânia, essa meta vem sendo acelerada, não apenas por preocupações com a segurança energética – diminuindo a dependência de países produtores de gás, carvão e outros combustíveis fósseis –, mas também pela tentativa de limitar o aquecimento global a 1,5º C.

Na Bélgica, por exemplo, era previsto que o país encerraria o uso da energia nuclear no ano de 2025. Porém, o país decidiu prolongar em dez anos a vida dos seus dois reatores nucleares, com o objetivo de evitar um apagão energético. Apesar de gerar lixo atômico, essas usinas ainda são vistas como uma fonte de energia eficaz e que não produz gases de efeito estufa.

Segundo o site Electrek, o mesmo exemplo tem sido seguido por outros países conhecidos por ser grandes emissores de carbono, como os Estados Unidos, por exemplo. O país acaba de aprovar uma nova legislação para expandir o uso de energias renováveis nos próximos anos. Só em 2022, o investimento privado nesse setor atingiu a marca de US$ 10 bilhões.

Já a China tem substituído o carvão pela energia solar, como parte de seu plano quinquenal até 2027. Espera-se que o gigante asiático seja responsável por quase metade do aumento previsto da capacidade de geração de energia global por meio de fontes renováveis.

No geral, o mundo deve passar a utilizar tanta energia proveniente de fontes renováveis nos próximos cinco anos quanto nos 20 anos anteriores. Segundo estimativas da IEA, essas fontes limpas devem responder por mais de 90% da geração de eletricidade global já nos próximos dois anos. Com isso, até 2025, é esperado que o carvão seja (finalmente) substituído como fonte de geração de eletricidade.

Fonte: Gizmodo

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