A geração de energia solar já é uma realidade no país. Para se ter ideia, o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 29 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Com esse alcance, mais de 3,7 milhões de unidades são atendidas pela tecnologia, de acordo com levantamento da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Atualmente, mais de 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos estão instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Ainda de acordo com o estudo, a energia solar está presente em 5.545 municípios e em todos os estados brasileiros.
Fazendas solares no Rio de Janeiro
A Hum Energia Renovável, por exemplo, constrói fazendas solares no interior do Rio de Janeiro, transferindo a energia gerada para a rede da concessionária local e recebendo créditos correspondentes. Esses créditos são transferidos para os clientes, que se beneficiam de uma energia mais barata, sem tarifas de rede e encargos setoriais. No condomínio Cores da Lapa, com 700 apartamentos e mais de dois mil moradores, foi adotado um modelo misto: placas solares no terraço respondem por 70% da economia no gasto de luz, enquanto os 30% restantes são obtidos por meio de contrato com uma fazenda solar. A mudança, afirma o síndico Paulo Badin, trouxe uma economia significativa. “Nossa fatura era de R$ 50 mil. Já estamos com uma economia de 30% nos primeiros anos de uso da energia solar”, conta Badin.
Na Estasa, cerca de 40 edifícios administrados pela empresa optaram pelo fornecimento de energia solar. Segundo Luiz Barreto, diretor geral da administradora, a energia das fazendas solares é uma alternativa viável para empreendimentos que não dispõem de espaço para a instalação de painéis solares ou para complementar o consumo daqueles que já possuem. “Além de reduzir os custos em 10%, contribuímos para o meio ambiente com fontes renováveis”, lembra Barreto.
Já na Cipa, o modelo está sendo adotado por 21 condomínios. “A importância sobre o consumo de energia limpa por parte dos condomínios tem relação direta e impacto na vida dos moradores e síndicos. Com todas as questões envolvendo a pauta de sustentabilidade, o correto uso dos recursos passa a ser um fator social de relevância e o ambiente condominial deve participar desse tipo de consumo. A nossa ideia é ampliar substancialmente o número de condomínios e, para isso, estamos fazendo um forte trabalho de comunicação com nossos clientes, descomplicando e ampliando informações sobre como implantar o consumo consciente de energias limpas”, comenta Bruno Queiroz, gerente de Operações e Negócios da empresa.
Fonte: O Dia