Na China, visita à Snec foi uma imersão em desenvolvimento

Estive recentemente na China para participar da SNEC, uma das maiores feiras sobre energia sustentável do planeta, e me surpreendi com o que encontrei por lá. O país realmente é um outro mundo comparado ao Brasil com relação à cultura, infraestrutura e hábitos populares.

Por Bruno Catta Preta*

Estive recentemente na China para participar da SNEC, uma das maiores feiras sobre energia sustentável do planeta, e me surpreendi com o que encontrei por lá. O país realmente é um outro mundo comparado ao Brasil com relação à cultura, infraestrutura e hábitos populares.

Apesar de a China ser o segundo país mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de pessoas, a mobilidade urbana é incrivelmente funcional. Os congestionamentos são bem menores do que os de São Paulo, com muitos carros elétricos silenciosos, e as aglomerações nos terminais intermodais de transporte logo se dispersam, tamanha a eficiência. Para se ter uma ideia, Xangai tem mais de 700 km de linhas de metrô e quase 500 estações. Os trens urbanos viajam a mais de 160 km/h, o que faz as viagens serem muito rápidas. Já a capital paulista tem 6 linhas, totalizando 97,2 km de extensão e 86 estações.

Não existe Whatsapp. As pessoas usam um aplicativo chamado WeChat, onde é possível até fazer compras e pagamentos (desde que você tenha conta em algum banco chinês). E por falar em pagamento, praticamente só estrangeiros usam dinheiro. Tudo lá funciona à base do pagamento eletrônico, via QR Code. Então, quando for para a China, leve um pouco de yuan em dinheiro vivo daqui do Brasil, pelo menos para passar os primeiros dias, e faça o câmbio por lá. Vale a pena!

Na culinária, apesar da peculiaridade de alguns pratos, tudo o que experimentei estava muito saboroso, inclusive o fígado de ganso e a carne de burro. Lá eles também comem pés de galinha como se fosse um tipo de snack, vendido em embalagem plástica, em qualquer mercadinho. Um alerta sobre a comida: muito cuidado com os temperos. Tudo é bastante condimentado e as pimentas vendidas separadamente são bastante agressivas. É uma coisa de perder o fôlego!

Falando em infraestrutura e desenvolvimento, a SNEC PV Power Expo é organizada pela Sociedade Nacional de Energia Solar da China (SNEC), realizada anualmente em Xangai e atrai expositores e visitantes de todo o mundo.

O evento apresenta as últimas tecnologias, produtos e serviços relacionados à energia solar e traz uma série de fóruns e seminários para discutir tendências da indústria, políticas governamentais e perspectivas do setor.

Foram três dias de evento, em 35 pavilhões, com mais de 3.500 expositores. Para efeito de comparação, a Intersolar em São Paulo, o maior evento de energia sustentável do Brasil, conta com cerca de 350 expositores.

Durante a visita à China, pude acompanhar de perto algumas das principais tendências e inovações do mercado de energia. Uma das exibições de um fabricante que mais me impressionou foi o teste de resistência de novos módulos solares, que foram atingidos por bolas de gelo de mais ou menos 45 mm, disparadas por um pequeno canhão. Uma prova da durabilidade dos equipamentos que serão distribuídos.

Outra novidade que vimos na China foi um microinversor que já vem com um chip wi-fi para comunicação direta com o aplicativo do celular. O equipamento, que está chegando ao Brasil, facilita a instalação, a regulagem e o gerenciamento da energia produzida pelos módulos.

Os inversores híbridos, já com uma bateria acoplada, tendem a se tornar uma commodity em breve. A novidade já vem sendo usada por alguns fabricantes e, pelo o que vi na China, em pouco tempo não teremos mais estes equipamentos sendo vendidos separadamente, o que deve praticamente obrigar quem não produz a própria bateria a fazer parcerias para “casar” os equipamentos.

Como ninguém por lá quer ficar para trás, essa mudança na montagem das peças já está sendo preparada pelos fabricantes, que vêm atualizando suas linhas para conseguir produzir o equipamento completo, ou para acoplar a bateria do parceiro em seus inversores.

Os exemplos que mencionei neste texto justificam a liderança da China não só no mercado de equipamentos para a produção de energia solar, mas também como modelo de desenvolvimento tecnológico e urbano. Tudo parece estar sempre um passo à frente no caminho para o futuro.

*Bruno Catta Preta é coordenador estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e diretor de relações institucionais da Genyx

Sobre a Genyx

Criada em 2011, a Genyx tem o compromisso de entregar ao parceiro integrador todas as soluções necessárias dentro de um ecossistema para acelerar o crescimento de sua empresa e o propósito de colocar as pessoas no centro da revolução energética.

O ecossistema da Genyx é um dos mais completos do setor de energia solar do país, fazendo curadoria de equipamentos, distribuição e trabalhando em parceria com fabricantes do setor fotovoltaico, formando um ecossistema de energia solar, atuando também como geradora de crédito para integradores.

A empresa se destaca pela expertise no mercado, agilidade e qualidade, oferecendo experiência para construir uma relação transparente e produtiva através dos kits fotovoltaicos GENYX SOLAR POWER, do BANCO GENYX, que possui linhas de crédito e condições sob medida para integradores, do programa de capacitação MAESTRIA ENERGENYX e da cooperativa de energia solar WEGEN.

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