No Rio, antigo aterro sanitário virará uma usina de energia solar de 5 MW

Solário Carioca, que será instalado no antigo aterro sanitário de Santa Cruz, vai gerar pelo menos R$ 2 milhões de economia por ano, segundo a prefeitura.

No Rio de Janeiro, a prefeitura anuncia nesta quinta-feira, 13, que o Consórcio Rio Solar, formado pela GNPW Group e a V-Power Energia, foi o vencedor da Parceria Público-Privada (PPP) do Solário Carioca – projeto de instalação de usina fotovoltaica em Santa Cruz. Segundo a administração carioca, a fazenda de energia solar ocupará o terreno de um antigo aterro sanitário, hoje desativado. A energia gerada ali abastecerá imóveis públicos, e permitirá uma economia anual de R$ 2 milhões, nas contas do município. “A estimativa é que a energia gerada abasteça cerca de 45 escolas municipais ou 15 Unidades de Pronto Atendimento (UPA)”, diz a prefeitura.

Nos próximos 25 anos, o consórcio terá de investir R$ 45 milhões na usina, que funcionará no modelo de Minigeração Distribuída de energia limpa e terá potência de 5 megawatts (MW). Serão mais de 11 mil painéis que devem ser instalados em um ano após assinatura do contrato – prevista para agosto. A gestão do prefeito Eduardo Paes alega ter mapeado ao menos mais quatro outras áreas para implantação de outras usinas fotovoltaicas do tipo na cidade.

Participaram da licitação duas empresas e o grupo vencedor foi o Consórcio Rio Solar com o lance de 20,5% de desconto sobre a tarifa vigente da Light. A GNPW também administra duas miniusinas solares, em uma PPP similar no estado do Piauí.

Para o diretor de Estruturação de Projetos da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), Lucas Costa, trata-se de um novo marco na transição energética da cidade. “É um projeto em que o município ganha em diversas frentes: primeiro, pela produção e utilização de energia limpa e renovável pela prefeitura; depois, pela redução de custos significativa, viabilizando direcionar estes recursos poupados para outras políticas públicas; e finalmente, por dar uma destinação sustentável a um antigo aterro sanitário, um terreno inutilizado pelo uso anterior”, diz.

De acordo com a prefeitura, o projeto foi estruturado em parceria com o grupo C40 cities e a agência alemã GIZ pelo programa CFF – Cities Finance Facility. A expectativa é retirar pelo menos 40 mil toneladas de carbono por ano da atmosfera com a implantação do Solário Carioca.

Fonte: Exame

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