Petrobras buscará projetos de grande porte de energia renovável, diz CEO
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A Petrobras terá como estratégia analisar e financiar projetos de energia renovável de grande porte e poderá avaliar novas parcerias com companhias de energia com esse objetivo, afirmou nesta terça-feira o presidente da petroleira, Jean Paul Prates.
O executivo anunciou na véspera que estuda juntamente com a norueguesa Equinor a instalação de um parque eólico em alto mar com capacidade de produção de energia equivalente à usina Itaipu.
O projeto, segundo disse Prates na segunda-feira, ficará em fase de estudos até 2028 e, se confirmado, seria composto por sete plantas eólicas com uma capacidade total de 14,5 gigawatts (GW). O parque poderia custar 70 bilhões de dólares, segundo uma estimativa livre da Petrobras com base no atual custo do megawatt offshore, multiplicado pela capacidade instalada prevista.
“As duas empresas (trabalham) portanto com a mesma estratégia: tirar o máximo rendimento do petróleo que temos disponível e que precisamos usar como humanidade ainda nesse período de transição, e começar a analisar e financiar projetos de energia renovável de grande porte, condizentes com os seus respectivos tamanhos”, afirmou, em um vídeo publicado nesta terça-feira.”Vamos seguir em frente com mais parcerias com empresas congêneres no Brasil e no exterior. Tudo ao seu devido tempo.”
A parceria com a Equinor foi anunciada durante evento em Houston, nos Estados Unidos, na segunda-feira, onde a Petrobras e a Equinor informaram sobre a assinatura de uma carta de intenções para o desenvolvimento dos estudos em conjunto.
O novo acordo ampliou uma parceria entre ambas as empresas selada em 2018.A produção de energia levaria de seis a dez anos para começar, segundo Prates. Estudos para o projeto já estão contemplados no plano de negócios da companhia, e não precisarão ser ampliados, disse ele na véspera. A Petrobras estudará a fabricação de equipamentos no Brasil, acrescentou.
Prates destacou no vídeo desta terça-feira que os sete projetos em avaliação com a Equinor já têm estudos sobre conexão para escoamento da energia em terra. Eles estão entre 20 km e 40 km da costa brasileira, dependendo de cada um, e em profundidade de 15 m a 35 m de lâmina d’água.
São projetos que se estendem em toda a costa brasileira na Margem Equatorial, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e também na Margem Atlântica, Rio de Janeiro, Espírito Santo, litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Prates acrescentou que Petrobras e Equinor também analisarão oportunidades na área de armazenamento de carbono, de hidrogênio e petróleo e gás.
Mais cedo nesta terça-feira, a Petrobras publicou comunicado ao mercado apontando que apenas terá estimativas oficiais de custo e retorno após a conclusão de análises técnicas a serem desenvolvidas por grupo interdisciplinar. Tais projetos também deverão futuramente ser apreciados pelas instâncias de aprovação interna, de acordo com a governança da companhia, adicionou.
Fonte: Época Negócios