Radar GD: no Brasil, energia solar distribuída alcança 6 GW em atividade

No dia 28 de junho, a geração solar distribuída (GD) alcançou a marca de 6 gigawatts (GW) em atividade no Brasil. A modalidade cresceu 43,7% nos últimos 12 meses, com 2,6 GW adicionados nesse período.

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No dia 28 de junho, a geração solar distribuída (GD) alcançou a marca de 6 gigawatts (GW) em atividade no Brasil. A modalidade cresceu 43,7% nos últimos 12 meses, com 2,6 GW adicionados nesse período. O setor totaliza mais de 650 mil unidades consumidoras e mais de 518 mil sistemas.

“Esse marco é especialmente importante nesse momento de um possível racionamento em função da pior crise hídrica dos últimos anos”, relatou Bárbara Rubim, a vice-presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.

“Ao gerar a própria energia, o consumidor está poupando água dos reservatórios. Acaba sendo uma forma de retirar pressão sobre os recursos hídricos em um cenário de bandeira vermelha”, acrescentou Rubim.

Com 2,45 GW, a classe de consumo residencial é aquela com maior potência instalada, seguida pela comercial (2,17 GW), rural (801 MW) e industrial (492 MW).

O segmento de geração própria aparece com 4,80 GW; o autoconsumo remoto responde por 1,14 GW; a compartilhada, com 37 MW; e as múltiplas unidades consumidoras, com 4 MW.

Minas Gerais é o estado protagonista no setor, com mais de 1 GW. Logo após, nas outras quatro primeiras posições, estão São Paulo (752 MW), Rio Grande do Sul (743 MW), Mato Grosso (450 MW) e Paraná (341 MW).

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que os 6 GW de GD solar correspondem a investimentos de mais de R$ 30,6 bilhões, acumulados desde 2012, responsáveis por terem gerado mais de 180 mil empregos durante esse período, distribuídos entre todas as regiões do Brasil.

Mais de 1,3 GW de GD solar foi acrescentado apenas em 2021. De acordo com a vice-presidente da ABSOLAR, o aumento observado no último ano pode ser fruto do encarecimento das tarifas de energia e do amadurecimento da fonte.

“Um terceiro fator é uma atratividade maior ao desenvolvimento de negócios como o de fazendas solares, que tem uma grande importância não só por promover o desenvolvimento local e regional, mas também por permitir que consumidores que não teriam condições de fazer o investimento próprio ter acesso à geração de energia limpa e renovável”, explicou a representante.

Segundo Josiane Palomino, CEO da Sou Vagalume, a GD deve trazer, durante 2021, R$ 17,2 bilhões de novos investimentos no Brasil, ultrapassando os 8 GW. Estima-se um crescimento de 90% em relação ao total instalado até dezembro de 2020.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, resolveu, em 2020, zerar a alíquota de importação sobre módulos solares e outros itens. Essa decisão diminuiu o custo do equipamento e permitiu que mais consumidores pudessem adotar a energia solar.

“Outro ponto é o aumento da preocupação ambiental que está levando os consumidores a buscarem formas mais conscientes de consumo”, sublinhou Palomino. “Essa preocupação se intensificou durante a pandemia, e observamos governos e empresas ao redor do mundo fortalecendo essa tendência, por exemplo, com a popularização das práticas de ESG”, finalizou.

Fonte: Portal Solar

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