Solar e eólica responderam por 90% da expansão da matriz elétrica em 2023

As duas fontes somaram 7 GW de capacidade adicionada na geração centralizada no Brasil até o final de outubro, mostram dados da Aneel.

O Brasil se aproximou em outubro dos 8 GW em empreendimentos de geração centralizada inaugurados em 2023, concluindo o mês com uma expansão de 7,79 GW registrada para Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ao longo do ano. Duas fontes, a eólica e a solar centralizadas, responderam por 89,8% desse avanço, com a entrada em operação de 7 GW nos últimos 10 meses.

A ampliação da matriz elétrica foi verificada até outubro em 19 estados das cinco regiões brasileiras. Em ordem decrescente, apresentaram os maiores resultados até o final de outubro os estados do Rio Grande do Norte (1.957,1 MW), Bahia (1.934,0 MW) e Minas Gerais (1.815, 7 MW).

No recorte apenas para o mês de outubro, o Rio Grande do Norte obteve o maior salto, de 161,4 MW, seguido de perto pelo Piauí (153,9 MW), pela Bahia (152,5 MW) e por Pernambuco (150,0 MW). Com uma usina termelétrica de 21,5 MW, o Mato Grosso do Sul completa a lista de crescimento da potência instalada no mês.

O Brasil somou 195 GW de potência fiscalizada, de acordo com dados da Aneel. Desse total em operação, 83,8% das usinas são consideradas renováveis.

Solar ultrapassa 35 GW
No início de novembro, a energia solar fotovoltaica ultrapassou a marca de 35 GW no Brasil, o equivalente a 15,9 % da matriz elétrica do país. O número leva em consideração não apenas as usinas de grande porte (geração centralizada), mas também os sistemas de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos (geração distribuída).

O país acrescentou quase 14 GW de potência solar nos últimos doze meses, um avanço de cerca de 66%. Atualmente, o mercado nacional conta com 24,34 GW na geração distribuída e 10,68 GW na geração centralizada.

Conforme a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 170 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 47,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 1 milhão de empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 42,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

Fonte: Portal Solar

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