A Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio do programa de inovação iH2brasil, anunciou as oito startups selecionadas para o seu terceiro ciclo de aceleração, dedicado a ideias que se destacam no desenvolvimento de projetos envolvendo energia renovável. O foco é a atuação específica em torno do hidrogênio verde (H2V).
As startups selecionadas são: Delphys Partners, Protium Dynamics, NovoCell Sistemas de Energia, Aquapower, Rio Petróleo, Tecnoagro, Eidee Inova e Pix Force. Elas receberão apoio para impulsionar seus negócios e desenvolver um projeto-piloto focado na cadeia de hidrogênio verde. Ainda terão suporte técnico e regulatório, para facilitar a projeção de suas soluções no mercado.
O objetivo, segundo a Câmara de Cooperação, é “fortalecer o ecossistema brasileiro de pesquisa, desenvolvimento e inovação, por meio do apoio a soluções que abranjam toda a cadeia produtiva do hidrogênio verde.
“Estamos muito felizes com os resultados alcançados pelas startups aceleradas nas primeiras edições e temos grandes expectativas em relação ao 3º ciclo. As oito startups selecionadas trouxeram ideias incríveis para o fomento do hidrogênio verde no Brasil e estamos ansiosos para acompanhá-las”, disse Bernd dos Santos Mayer, coordenador do componente de inovação em hidrogênio verde do H2Brasil (GIZ Brasil).
Para Bruno Vath Zarpellon, diretor de inovação e sustentabilidade da Câmara Brasil-Alemanha, em São Paulo, o hidrogênio verde é “uma das principais apostas globais para alcançarmos uma sociedade sustentável, com um processo de fabricação totalmente verde”.
Tecnologia verde com potencial
Ainda pouco explorado devido a custos considerados altos, o hidrogênio verde tem sido considerado um potencial agente de descarbonização na luta contra as mudanças climáticas. Recentemente, a Eletrobras anunciou a investidores que está interessada em entrar nesse mercado, fornecendo eletricidade para a produção do gás.
Obtido a partir da eletrólise da água utilizando energia gerada por fontes renováveis (solar, eólica, biomassa e hídrica) com baixa emissão de carbono, o hidrogênio verde pode ter diferentes usos, como produção de combustíveis, fertilizantes e aço. Como o Brasil já tem uma matriz energética rica em fontes renováveis, especialistas apontam que há vantagens competitivas para o país se lançar como fornecedor do material.
A expectativa dos organizadores do programa de aceleração é que as startups selecionadas ajudem a impulsionar esse mercado, desempenhando “um papel fundamental na construção de uma cadeia produtiva sólida e eficiente, impulsionando o avanço dessa importante forma de energia renovável no Brasil e no mundo.”
O iH2brasil é uma iniciativa do projeto H2Brasil, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e é implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH (GIZ Brasil) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME), sendo financiado pelo Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) e realizado pela Aliança Brasil-Alemanha para o Hidrogênio Verde.
Fonte: Um Só Planeta