Transição energética: a jornada do Brasil e outras nações em busca de um futuro energético mais sustentável

Brasil lidera na transição para energias limpas: um exemplo global em busca de sustentabilidade

A transição de energia fóssil para energia limpa e renovável é um dos desafios mais urgentes e importantes enfrentados pela humanidade no século 21. Afinal, a dependência histórica dos combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, tem causado danos significativos ao meio ambiente e à saúde, além de contribuir para as mudanças climáticas.

Os combustíveis fósseis são finitos e não renováveis, o que significa que sua exploração e consumo resultam na emissão de grandes quantidades de gases de efeito estufa (GEEs), como dióxido de carbono (CO2), que são os principais causadores do aquecimento global. Além disso, a extração e queima desses combustíveis também estão associadas à poluição do ar e da água, além da destruição de ecossistemas.

Por outro lado, as fontes de energia limpa e renovável, como solar, eólica, hidrelétrica, biomassa e geotérmica, oferecem uma alternativa sustentável e ambientalmente benéfica aos combustíveis fósseis.

Essas fontes de energia são abundantes, amplamente distribuídas e não emitem gases de efeito estufa. Muitas delas também têm baixo impacto ambiental em comparação com as fontes de energia convencionais.

A transição para energia limpa e renovável requer dos países a implementação de políticas públicas ambiciosas, investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento, além de uma mudança fundamental na infraestrutura e nos sistemas de energia.

Isso inclui a expansão das redes elétricas para integrar uma maior participação de fontes renováveis intermitentes, como a solar e a eólica, o desenvolvimento de tecnologias de armazenamento de energia em larga escala, e a promoção de práticas de eficiência energética em todos os setores da economia.

Hoje, os avanços tecnológicos e a redução dos custos das energias renováveis tornaram essa transição mais viável do que nunca. Muitas nações já estão comprometidas com metas ambiciosas de energia limpa e renovável, e estão vendo os benefícios econômicos e ambientais dessa mudança.

No entanto, a transição energética não é fácil e exige esforços coordenados em níveis global, nacional e local. Ainda há desafios a serem superados, como a resistência de indústrias estabelecidas, a necessidade de modernização da infraestrutura e a garantia de uma transição justa para trabalhadores e comunidades que dependem da indústria de combustíveis fósseis.

A transição de energia fóssil para energia limpa e renovável é uma questão de sobrevivência para o nosso planeta e para as futuras gerações. É essencial agir com urgência e determinação para enfrentar essa crise e construir um futuro mais sustentável e resiliente para todos.

BRASIL É DESTAQUE NO PROCESSO DE TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

De acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Brasil é hoje o quinto maior emissor mundial de GEEs. Entretanto, enquanto os demais países possuem cerca de 70% das emissões relacionadas ao setor de energia, as emissões brasileiras são causadas, principalmente, pelo desmatamento (50%) e pela agropecuária (24%).

O BNDES diz que a matriz energética brasileira é mais renovável que a das maiores economias mundiais. Em especial em sua matriz elétrica, o país se destaca com mais de 80% da geração oriunda de fontes renováveis contra 29% na média dos demais países do G20 (Climate Transparency, 2022).

O órgão afirma que essas características colocam o Brasil em posição de líder no processo de transição energética, podendo se destacar no mercado de hidrogênio de baixo carbono, na substituição de combustíveis fósseis por biomassa e biocombustíveis, na eletrificação e na captura e armazenamento de carbono, entre outras frentes.

No caso do hidrogênio de baixo carbono, especialmente, a matriz energética brasileira garante uma posição privilegiada, viabilizando a produção competitiva a partir de diversas fontes, como eólica ou solar (hidrogênio verde) e gás natural (hidrogênio azul e o chamado hidrogênio turquesa), destaca o banco fomentador.

O desenvolvimento desse mercado pode contribuir ainda para a atração de investimentos para cadeias produtivas estratégicas, a exemplo de fertilizantes, siderurgia e química verdes.

O powershoring, termo que se refere à instalação de indústrias em locais com alto potencial de energias renováveis, como eólica, solar e biomassa, representa essa tendência de deslocamento da produção industrial para países e centros de geração que contam com energia renovável abundante e barata, afirma o BNDES.

Fonte: R7

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