Com a meta de chegar a 45% de seu consumo de energia por meio de fontes renováveis até 2030, a Votorantim Cimentos (VC) deu um passo importante para alcançar esse objetivo com um contrato de fornecimento de energia (PPA, em inglês) de 15 anos que vai fazer com que 75% de sua oferta no Brasil passe a ser de fontes limpas.
Vale lembrar que a indústria cimenteira, pelo seu próprio modelo de produção, acaba sendo uma importante emissora de CO2 e grandes empresas vêm buscando formas de minimizar esse impacto por meio da utilização de fontes renováveis de energia.
Com um acordo firme de compra de energia por mais de uma década, a Atlas Renewable Energy Brasil, responsável pelo parque solar, prevê investimentos entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão para a construção da planta em Minas Gerais, explica Fábio Bortoluzo, general manager da Atlas — o valor que será aportado diretamente pela VC não foi divulgado. A previsão é de que o parque entre em operação no início de 2026.
Álvaro Lorenz, diretor global de sustentabilidade da Votorantim Cimentos, lembra que será o primeiro parque solar da VC no Brasil – a empresa, que opera em 10 países, já possui investimentos semelhantes na Argentina e Espanha. Na operação brasileira, atualmente, a companhia tem como fonte de energia renovável quatro usinas hidrelétricas e um parque eólico.
“Estamos bastante satisfeitos com essa operação porque ela permite acelerar nossos objetivos de descarbonização, que é um dos principais compromissos da companhia”, reforça o executivo ao IM Business.
Dados mais recentes da Votorantim Cimentos, de 2022, apontam que atualmente 22,9% da oferta de energia do grupo vem de fontes limpas. “Com o parque solar vamos superar a meta que temos para o Brasil e, certamente, isso vai nos ajudar a atingir os 45% e até, eventualmente, ultrapassar esse número até 2030”, acrescenta Álvaro Lorenz.
Bortoluzo, da Atlas, diz que o projeto possuirá a capacidade instalada de 787 MWp, dos quais quase dois terços (470 MWp) serão destinados à Votorantim Cimentos. A planta, que será localizada no município de Paracatu (MG), irá negociar a capacidade restante com outros clientes, que completarão o capex do projeto.
“Nós buscamos parceria com grandes clientes que querem fazer a transição energética, além de obter um fornecimento muito mais econômico. E os contratos longos vêm mostrando a maturidade que esse mercado atingiu. Nós já atendemos o setor químico, de alumínio e será nossa primeira iniciativa na produção de cimentos”, completa o general manager da Atlas no Brasil.
Fonte: InfoMoney.