Neste primeiro mês de 2025 publicamos a nossa 17ª Edição da Revista 3S, o Brasil se destaca como uma das potências globais em energias renováveis. No ano que passou, consolidamos nossa posição no cenário internacional, registrando um aumento expressivo na capacidade instalada de energia solar fotovoltaica, ultrapassando os 50 GW, contribuindo para a diversificação da matriz elétrica nacional.
A Revista 3S é um periódico 100% digital e gratuito. Nesta edição, buscamos trazer as tendências, novidades e expectativas do setor fotovoltaico para o ano que está iniciando, apontando o comportamento do setor solar e os desafios da transição energética que estamos atravessando.
Nesta edição, trazemos uma entrevista exclusiva com Gilberto Camargos, Diretor – Executivo da SolaX Power Brasil, que conta sobre sua trajetória no mercado solar e a visão da empresa para o ano que está começando.
Nessa edição da Revista 3S você encontra artigos com variados temas, entre eles o uso de sistemas de rastreamento solar, além de um comparativo entre sistemas com rastreamento e fixos, energia solar aplicada ao agronegócio, telhas solares, seguros e muito mais.
Confira um resumo de cada artigo desta edição:
Tecnologia BC: Um salto em eficiência e design – Felipe Picoli Orsi Leme – Renesola
As células solares BC (Back Contact) inovam ao posicionar todos os contatos elétricos na parte traseira, eliminando sombreamento na superfície ativa. Essa tecnologia aumenta a eficiência energética, melhora a estética dos módulos e otimiza a geração em condições extremas.
No final de 2023 (isso mesmo 2023!) o governo federal (Gecex-Camex – Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior) decidiu aumentar de 0 para 9,6% o II (imposto de importação) dos módulos fotovoltaicos, movimento que se repetiu no final de 2024, elevando novamente o II dos 9,6% para 25%, obviamente essas decisões trazem impactos ao setor e toda sua cadeia.
Sinistros em 2024: A evolução dos riscos no setor solar – Mauro Filho – Elétron Seguro Solar
O conceito de inovação, conforme definido pelo Manual de Oslo da OCDE (2004), refere- se à criação ou melhoria significativa de produtos ou processos. A busca pela inovação é crucial para empresas de todos os tamanhos e setores, desempenhando um papel fundamental no crescimento econômico. A implementação de políticas públicas abrangentes em diversas áreas, como produção, educação, governo, saúde, segurança e infraestrutura, reflete o reconhecimento global da importância da inovação para o desenvolvimento de um país. A ênfase na inovação, conforme preconizada pelo Manual de Oslo, destaca a necessidade de empresas e nações buscarem constantemente melhorias e novidades para impulsionar o progresso econômico e social.
A energia solar no Brasil iniciou sua história de sucesso a partir de uma regulação que dá a qualquer consumidor o direito de injetar energia na rede pública com total aproveitamento dessa energia. Desde aquela época, ocorreu uma forte queda de preços do equipamento, viabilizando modalidades diferentes, até mesmo com perda parcial da geração. Em 2025, entra em destaque a tecnologia Zero-Grid para empresas do Mercado Livre. Esse nicho se mostra como oportunidade estratégica para integradores, o “oceano azul” que oferece projetos com realização mais rápida e maiores, com tickets acima de 200 mil reais. Os autores deste artigo mostram o potencial do mercado Zero-Grid empresarial, que chega a 47,8 GWp, com prazos de retorno de 3 a 4 anos. Serão destacados também os desafios para os quais integradores precisam se capacitar a fim de obter sucesso neste nicho promissor.
Com território vasto e abundante incidência solar, o Brasil possui um potencial imenso para a geração de energia solar. As perspectivas para 2025 são animadoras, com o mercado solar brasileiro mostrando um crescimento exponencial, impulsionado por diversos fatores.
Neste contexto, as telhas solares surgem como uma solução inovadora e esteticamente agradável, que pode transformar a maneira como os brasileiros consomem energia. A PERKUS Telhas se apresenta como uma alternativa promissora para residências que buscam combinar eficiência energética e estética integrada.
Este trabalho analisa, através de simulação computacional, a produção de energia solar comparando a geração proveniente de um sistema solo com um sistema tracker. O estudo envolveu três estados Brasileiros, localizados em unidades federativas distintas, sendo eles, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia, situados próximo das coordenadas longitudinais 10º, 20º e 30º, respectivamente.
O Brasil ocupa uma posição privilegiada no cenário mundial quanto à viabilidade do desenvolvimento energético sustentável. Por ser um dos países com maior incidência de radiação solar do mundo é capaz de desempenhar um papel estratégico na geração de energia solar, diversificando sua matriz energética para atender à crescente demanda por energia e reduzir a sua dependência de combustíveis fósseis. A diversificação da matriz com ênfase em fontes renováveis contribui para a segurança energética, a sustentabilidade e a redução da emissão de gases de efeito estufa no país. Ao considerar as áreas rurais, a utilização de energia elétrica tende a melhorar a qualidade de vida, impulsionar a produtividade e facilitar o acesso a tecnologias de produção mais eficientes, o que permitirá a geração de novas oportunidades e contribuindo para o desenvolvimento do setor. Neste contexto, este artigo busca demonstrar a importância da energia solar no cenário do agronegócio e como essa geração tem se destacado como uma solução eficiente e sustentável, mostrando que sua versatilidade permite a aplicação em diferentes processos e proporciona maior eficiência, redução de custos e benefícios ambientais.
Sistemas fotovoltaicos bifaciais com rastreamento de eixo único (SAT) dominam o mercado de usinas solares de grande porte, oferecendo ganhos de eficiência entre 15-20% com rastreadores e 2-10% com módulos bifaciais. Estudos indicam que essa configuração reduz o custo nivelado de energia (LCOE) em 16% e aumenta a produção em 35% comparada a sistemas fixos monofaciais. Inovações incluem algoritmos como backtracking, que minimizam sombreamento, soluções para terrenos inclinados e estratégias para condições climáticas extremas. Áreas de melhoria incluem desenvolvimento e validação de algoritmos, intensificadores de albedo, resposta a eventos climáticos, testes de capacidade e confiabilidade de rastreadores. Estudos e avanços nessas frentes são essenciais para maximizar a eficiência, sustentabilidade e viabilidade econômica dos sistemas fotovoltaicos bifaciais com rastreamento.
Este artigo explora o impacto das tecnologias de inteligência e sustentabilidade na construção de edifícios urbanos, com foco em sistemas de geração de energia integrada (BIPV) e Internet das Coisas (IoT). A integração de tecnologias como IoT e BIPV tem transformado a construção civil, permitindo edificações mais eficientes e sustentáveis. Ao adotar soluções como automação de climatização, iluminação e consumo de energia, os edifícios podem reduzir seu impacto ambiental e aumentar a eficiência operacional. Além disso, estudos destacam que a implementação de tais tecnologias pode reduzir significativamente o consumo energético e melhorar o conforto dos ocupantes. Exemplos de sucesso, como o edifício The Edge em Amsterdã, demonstra que a combinação de BIPV com IoT resulta em edificações mais autossuficientes e resilientes. O uso de painéis solares e sensores para monitoramento em tempo real permite que esses edifícios otimizem seus recursos, reduzindo o consumo de energia e aumentando a sustentabilidade. No Brasil, a implementação de sistemas BIPV também se mostra promissora, como exemplificado pelo Laboratório Fotovoltaica da UFSC, que utiliza BIPV para gerar mais energia do que consome. Esse modelo de edificação positiva destaca a viabilidade econômica e técnica dessas soluções no contexto urbano brasileiro, indicando um caminho para a construção de edifícios inteligentes e sustentáveis.