O diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), José Luis Gordon, associou o crescimento da indústria aos financiamentos do banco de fomento. O diretor também disse, durante evento nesta segunda-feira (10), que o incentivo à descarbonização está relacionado à pesquisa e exploração dos minerais críticos.
Para Gordon, o país tem uma das principais reservas de minerais críticos, mas os recursos ainda precisam ser explorados. Para isso, explicou que o BNDES está com editais de financiamento de pesquisas para transformação mineral.
“O Brasil tem uma das principais reservas de minerais críticos do mundo. Só que nós temos que conseguir, primeiro, identificá-las e saber a qualidade delas”, afirmou durante o evento “Cadeias de Valor de Minerais Estratégicos para Transição Energética”, na sede do BNDES, no Centro do Rio de Janeiro.
Entre os editais lançados pelo banco, Gordon destacou o Fundo de Investimento em Participações no Setor de Mineração, lançado em maio em parceria com a Vale, com financiamentos que variam de R$100 milhões a R$250 milhões.
Ele também destacou o plano de industrialização do governo federal, a Nova Indústria Brasil. “No âmbito da Nova Indústria Brasil, há o nosso edital de R$5 bilhões para apoiar projetos de pesquisa de novas plantas ligadas à parte de transformação mineral de refino.”
Gordon se referiu ao edital, lançado em janeiro, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que prevê R$ 5 bilhões para fomentar planos de negócios que visem a transformação de minerais estratégicos.
Com isso, o BNDES e a Finep buscam agregar valor ao refino e à transição energética com a transformação de minerais. “A ideia é atrair e antecipar investimentos para que a gente possa desenvolver essa tecnologia aqui” acrescentou o diretor do BNDES.
Para o presidente da Finep, Celso Pansera, a Nova Indústria Brasil deu “um plano de voo” com linhas claras de financiamento com preços e juro baixos, prazo alongado, carência e um mercado produtivo privado. “Nós estamos dando ao Brasil a oportunidade de conhecer as suas reservas e preparar o futuro para não só ser um exportador de minérios, mas ser um exportador de produtos com um valor agregado”, afirmou.
Fonte: Globo.Com