Em um mundo cada vez mais ávido por energia limpa e renovável, o Brasil emerge como um protagonista global. A instabilidade econômica e a crise energética que assolam o planeta fazem do setor sucroenergético nacional solução para o futuro.
Com uma produção recorde de cana-de-açúcar e a crescente demanda por etanol, o país demonstra sua capacidade de conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
Já estamos na segunda metade de 2024 e, mais uma vez, vivenciando um confronto mundial que afeta a economia. A instabilidade no câmbio e a oscilação do dólar trazem risco de retorno à inflação e de aumento no preço dos combustíveis.
E o Brasil, apesar de contar com vastas reservas de petróleo, ainda enfrenta dificuldades de exploração, devido à concentração de poder em uma única petrolífera.
No entanto, nosso país conta com uma solução que é conhecida há mais de quatro décadas: o setor sucroenergético – responsável pela produção de etanol, um biocombustível limpo e renovável, além de outros derivados da cana-de-açúcar. Altamente competitivo, esse setor vem batendo recordes de produção, tendo produzido em 2023 mais de 700 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 8,7 milhões de hectares de área plantada. Em Minas Gerais, segundo maior Estado produtor do país, foram 80 milhões de toneladas somente na última safra.
Por ter papel fundamental na diminuição das emissões de CO2, o etanol pode ser considerado combustível do futuro. Enquanto um quilômetro rodado de gasolina emite para o meio ambiente algo em torno de 0,185 gramas de gases do efeito estufa, a mesma quilometragem percorrida com etanol emite cerca de 65% menos.
Além disso, parte das emissões do etanol é compensada pela cana-de-açúcar, que absorve o dióxido de carbono da atmosfera por meio da fotossíntese. Mais uma vez, a agropecuária traz solução para a melhoria do meio ambiente, contribuindo para diminuir a poluição do ar.
Neste sentido, o Sistema Faemg Senar comemora o sucesso do “Movido pelo Agro – Etanol”, projeto lançado em 2023, em parceria com a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), para incentivar a conscientização sobre as vantagens ambientais de abastecer com o biocombustível.
Desde o seu lançamento, o projeto atraiu parceiros e alcançou outros estados, como é o caso da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), tornando-se um movimento nacional. Além disso, estimulou iniciativas semelhantes em empresas de outros segmentos.
Grandes responsáveis pelo sucesso do setor sucroenergético, os produtores rurais mineiros e brasileiros reafirmam o seu compromisso com a sustentabilidade e o futuro do planeta.
E cada vez mais, a população enxerga e valoriza o trabalho dos produtores. A atuação incansável desses homens e mulheres do campo contribui para a geração de energia limpa, além de promover segurança alimentar e desenvolvimento ao país.
Fonte: O Tempo