A China, maior emissora de gases do efeito estufa do mundo, anunciou um investimento de US$ 11 bilhões em um novo complexo de energia que combinará fontes renováveis, como solar e eólica, com a geração de energia a partir do carvão. A iniciativa, liderada pela estatal China Three Gorges Renewables Group, faz parte do plano do país de construir 455 gigawatts de energia renovável em áreas desérticas até 2030.
O projeto, localizado na Mongólia Interior, terá capacidade total de 16 gigawatts e contará com um sistema de armazenamento de 5 gigawatts. A China Three Gorges Corporation, controladora da empresa responsável pelo projeto, busca diversificar suas fontes de energia, uma vez que a construção de grandes hidrelétricas tem se tornado menos viável no país.
A construção do complexo, que deve iniciar suas operações em três anos, levanta questionamentos sobre o compromisso da China com a redução das emissões de carbono. Apesar do investimento em energia solar e eólica, a inclusão de uma usina a carvão demonstra a dificuldade do país em abandonar completamente os combustíveis fósseis.
China aposta em energia limpa
Especialistas apontam que a China tem enfrentado desafios para integrar toda a sua energia limpa à rede elétrica, recorrendo ao carvão quando fontes renováveis, como solar e eólica, não estão disponíveis. Essa dependência do carvão, mesmo com o aumento da capacidade de geração de energia renovável, preocupa ambientalistas e coloca em xeque as metas climáticas do país.
O ambicioso projeto energético chinês é um reflexo da complexidade da transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável. Enquanto o país investe em fontes renováveis, a necessidade de garantir a segurança energética e o acesso à eletricidade para sua vasta população ainda impõe desafios significativos.
Fonte: Mundo Conectado