O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram um edital de chamada pública para fomentar projetos de transformação de minerais estratégicos para transição energética. A iniciativa conta com orçamento de R$ 5 bilhões para investimento em capacidade produtiva e em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I).
Entre os objetivos estão o desenvolvimento de cadeias de lítio, terras raras, níquel, grafite e silício, entre outros, assim como a mobilização de investimentos para a fabricação de componentes: células de baterias, células fotovoltaicas e imãs permanentes.
Conforme as instituições, o apoio vai abranger plantas em escala industrial e, também, plantas-piloto ou de demonstração, pesquisas e estudos necessários para a viabilização de novas capacidades industriais, a depender do estágio dos projetos e tecnologias envolvidas. Com isso, a chamada poderá alavancar nos próximos anos investimentos em um volume de cinco a dez vezes o orçamento disponibilizado.
Potencial do Brasil
A crescente demanda por matérias-primas para a transição energética, especialmente para baterias de carros elétricos, traz uma enorme oportunidade para investimentos na atividade de mineração no Brasil. O país conta com reservas importantes de minerais críticos, como lítio, nióbio e terras raras.
Um estudo desenvolvido em conjunto pela EY e pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) indica que a oferta projetada da maioria dos minerais críticos a transição energética, baseadas nos níveis de produção atuais e nos projetos em andamento, não será o suficiente para atender à crescente demanda global dos próximos anos.
A pesquisa estima que, nos próximos cinco anos, o setor mineral deve investir R$ 320 bilhões no Brasil, o que representa aumento de aproximadamente 29% da projeção realizada em 2023. O relatório assinala que o país tem um papel relevante na produção de diversos minerais de transição energética, e pode ampliá-lo em volume e com a adição de minerais ainda pouco explorados, mas essenciais para atender às curvas de demanda futura.
Fonte: Portal Solar