O último painel do 4º Fórum de Energias Renováveis, na PUCRS, reuniu especialistas para tratar da Solar e Hidrogênio Verde. O evento, promovido pelo Correio do Povo e Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do RS (Sindienergia-RS), ocorreu nesta quinta-feira, na PUCRS, em Porto Alegre. Dados de relevância e cases de empresas foram trazidos nesta etapa do encontro, mediado por Luiza Ramanauskas, vice-diretor de Solar do Sindienergia-RS.
A coordenadora da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica no Rio Grande do Sul (ABSOLAR), Mara Schwengber, relatou que desde 2012, a solar fotovoltaica já gerou mais de 1,4 milhão de empregos acumulados no Brasil, e a matriz elétrica brasileira é de 233,7 mil MW, dos quais 19% é solar, ou cerca de 44 mil MW. “É a energia que mais cresce no Brasil”, comentou ela. O RS, acrescentou, é o terceiro estado com mais potência instalada, atrás de São Paulo e Minas Gerais.
Estes estados, acrescentou ela, contam com legislações específicas e benefícios tributários, como a isenção em ICMS para o segmento. Desde esta época, já foram realizados mais de R$ 208,1 bilhões em investimentos no país, além da redução de 53,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. A projeção para os próximos anos é que esta fonte alcance 30% do total das renováveis. “Portanto, temos um grande mercado para expansão”, relatou.
A diretora de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Corsan Aegea, Liliane Cafruni, contou a respeito da experiência da companhia na geração energética renovável. A meta da Corsan, segundo ela, é tornar a empresa 100% atuando com energia renovável até 2025. No momento, está o percentual é de 78%. Hoje, a energia é o maior insumo da companhia, que consome o equivalente a 135 mil residências por mês. A Corsan tem, hoje, geração de energia em pequena central hidrelétrica (PCH), solar e biomassa no estado.
Renê Reinaldo Emmel Junior, conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (CREA-RS), comentou sobre a importância do papel institucional do conselho e do trabalho dos engenheiros durante as enchentes, e do fomento ao empreendedorismo nas renováveis. “Estamos atuantes e vigilantes, e trabalhando todos juntos para o desenvolvimento da sociedade”, disse, citando os demais painelistas.
O professor Adriano Moehlecke, da PUCRS, último painelista do Fórum, salientou que é preciso investir permanentemente em pesquisa e desenvolvimento e estabelecer cadeias produtivas, mas, especialmente, formar recursos humanos qualificados com engenheiros. “Assim, construiremos o futuro como estamos fazendo aqui hoje”, comentou. Ele ainda citou a realização do 1º Simpósio Nacional de Energia Solar Fotovoltaica, em 2004, na universidade, em que houve a recomendação justamente nestes investimentos. Hoje, duas décadas mais tarde, esta fonte evoluiu no país de 12 MW instalados para 44 mil MW, ou 3,7 mil vezes mais.
Fonte: Correio Do Povo