A produção de energia solar das usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 23,4% na primeira quinzena de março, para 4.005 megawatts médios (MWmed), ante 3.246 MWmed no mesmo período de 2024, mostra análise preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Conforme o levantamento, a geração eólica apresentou avanço de 83% na quinzena, enquanto hidrelétricas e térmicas tiveram queda de 12,3% e 1,9%, respectivamente, na produção de energia elétrica. No total, a geração de energia no SIN registrou 78.688 MW médios, redução de 0,4% em relação ao igual período anterior.
De acordo com a CCEE, o consumo de energia elétrica no SIN registrou queda de 2,4% no consumo de energia elétrica, segundo dados prévios de medição da CCEE, registrando 73.783 MW. O Ambiente de Contratação Livre (ACL), apresentou queda de 3,9%, enquanto o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) recuou 1,4%.
Os estados de Santa Catarina (6,2%), Maranhão (5,1%), Pará (4,3%) e Rio de Janeiro (1,9%) apresentaram alta, enquanto Rondônia (-16,2%), Rio Grande do Norte (-13,6%) e Mato Grosso (-13,2%) as maiores quedas. Entre os ramos, extração de minerais metálicos (17,5%) apresentou alta, enquanto manufaturados diversos (-16,9%) e veículos (-11,0%) as maiores quedas.
Final do período de chuvas
Projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam afluência (quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas) abaixo da média em todo o país em abril. O cenário mais positivo é no Norte, com 84% da média de longo termo. Na sequência, estão o Sudeste/Centro-Oeste, com 67%, o Sul, com 58%, e o Nordeste, com 24%.
“As estimativas de afluência confirmam aquilo que o operador destacou nas últimas semanas, o final antecipado do período de chuvas. Continuamos monitorando todos os cenários com atenção e vamos seguir atendendo plenamente as demandas de energia”, afirmou o diretor-geral do ONS, Marcio Rea.
As perspectivas de energia armazenada para o final de abril indicam que os níveis dos reservatórios de três subsistemas podem superar 60%: Norte (97,7%), Nordeste (75,1%) e Sudeste/Centro-Oeste (67,7%). Para a região Sul, a projeção é de 35,9%.
“A ocorrência de precipitação no mês de março não foi suficiente para recuperar os volumes de água que vêm sendo registrados abaixo da média desde fevereiro, exceto na bacia do rio Madeira que apresentou índices superiores. O ONS tem adotado uma política operativa de preservação dos recursos hídricos dos subsistemas já se antecipando aos próximos cenários no período seco”, disse o diretor de operação do ONS, Christiano Vieira.
O cenário prospectivo para a demanda de carga é de expansão no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todos os subsistemas. O crescimento de carga no SIN pode chegar a 1,9% (83.207 MWmed). Entre os submercados, as acelerações mais expressivas são projetadas no Norte, 6,4% (7.949 MWmed); e no Nordeste, 2,7% (13.659 MWmed).
O avanço no Sul e no Sudeste/Centro-Oeste deve atingir 1,8% (14.180 MWmed) e 1,0% (47.419 MWmed), respectivamente. Os percentuais comparam as projeções de abril de 2025 com os resultados verificados no mesmo período de 2024.
Fonte: Portal Solar