Geração de energia solar cresce 25% na primeira quinzena de agosto

Dados da CCEE mostram que a fonte fotovoltaica produziu 3.302 MWmed no período, ante 2.640 MWmed no mesmo intervalo de 2023

A produção de energia solar das usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 25,1% na primeira quinzena de agosto, para 3.302 megawatts médios (MWmed), ante 2.640 MWmed no mesmo período de 2023, mostra análise preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Conforme o boletim, as usinas eólicas e térmicas tiveram avanço de 8,3% e 22,2%, respectivamente, no mesmo período, enquanto as hidrelétricas tiveram redução de 5,7%. No total, a geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou 69.612 MW médios, incremento de 2,3% em relação ao igual período anterior.

De acordo com a CCEE, o consumo de energia elétrica no SIN registrou 65.052 MW médios, uma queda de -0,4% em relação ao mesmo período de 2023. Com impacto de dados incompletos, o Ambiente de Contratação Livre (ACL) apresentou crescimento de 0,9% e o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) registrou retração de -1,4%.

A análise destacou que, com temperaturas menores em grande parte do país na comparação com a primeira quinzena de agosto de 2023, e considerando a ausência de dados completos de medição, os estados que registraram as maiores quedas no consumo foram Acre (-29,2%), Mato Grosso (-18,6%) e Espírito Santo (-12,2%). Entre as maiores altas estão Maranhão (+9,9%), Sergipe (+7,8%) e Amazonas (+8,0%).

Entre os ramos de atividade, também com impacto de dados incompletos, os ramos com maiores crescimentos foram extração de minerais metálicos (+8,8%), manufaturados diversos (+3,6%), metalurgia e produtos de metal (+3,2%) e bebidas (+3,0%). Entre as maiores quedas estão os ramos de telecomunicações (-7,8%), alimentícios (-3,6%), serviços (-2,8%), têxteis (-2,5%) e transportes (-2,2%).

Período seco
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicou que e as projeções para a Energia Armazenada (EAR) seguem na casa dos 50% para os reservatórios de todos os subsistemas. Os percentuais mais expressivos devem ser verificados nas regiões Norte e Sul, com 80,2% e 66,8%, respectivamente.

Já o Nordeste deve encerrar o mês em 56,2% e o Sudeste/Centro-Oeste em 55,4%. Conforme o ONS, os níveis dos reservatórios estão dentro do esperado para o período tipicamente seco e um comportamento de redução desses patamares deverá ocorrer nos próximos meses.

Os cenários prospectivos para a demanda de carga são de crescimento no SIN e em todos os subsistemas. A expansão é estimada em 4,3% (76.173 MWmed). Entre os submercados, o maior avanço é esperado no Nordeste, com 9,0% (12.893 Mwmed), seguido pelo Norte, com 7,2% (8.051 MWmed).

O Sul e o Sudeste/Centro-Oeste devem apresentar aceleração de 6,5% (13.084 MWmed) e de 1,7% (42.145 MWmed), respectivamente. A comparação é realizada entre os números verificados no mesmo período de 2023 e o estimado para agosto de 2024.

As estimativas de Energia Natural Afluente (ENA) seguem abaixo da Média de Longo Termo (MLT) em todos os subsistemas para o mês em curso. O maior percentual deve ser verificado no Sul, com 62% da MLT, com um recuo de 11 pontos percentuais em relação à última revisão (73%). Para os demais, os patamares indicados são de 58% da MLT (Sudeste/Centro-Oeste), 50% da MLT (Norte) e 43% da MLT (Nordeste).

A afluência abaixo da média vem sendo um ponto de atenção desde dezembro de 2023. O Operador tem proposto medidas operativas como o controle de defluências das usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, anunciado em março passado, e o recente anúncio de iniciativas excepcionais visando o atendimento da demanda de ponta de carga nos meses de outubro e novembro de 2024.

Fonte: Portal Solar

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