A geração de energia solar fotovoltaica no Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 30,5% em setembro, para 3.701 megawatts médios (MWmed), ante 2.837 MWmed no mesmo período de 2023, mostra o boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A geração de usinas eólicas e térmicas também apresentaram incremento no período, com avanços de 26,2% e 61,8%, respectivamente. Já as hidrelétricas registraram redução de 15,8%. No total, a geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou 74.576 MW médios, crescimento de 3,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
De acordo com a CCEE, o consumo de energia elétrica no SIN registrou 71.429 MW médios, uma alta de 3,2% em relação ao mesmo período de 2023. O Ambiente de Contratação Livre (ACL) apresentou alta de 3,8% e o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) avanço de 2,8%. Houve exportação de energia elétrica para a Argentina (28 MW médios) e importação, também da Argentina (140 MW médios).
Os estados que registraram quedas no consumo foram Amapá (-12,3%), Piauí (-3,5%), Sergipe (-1,2%), Alagoas (-1,1%), Rio Grande do Norte (-1,0%), Mato Grosso do Sul (-1,3%), Bahia (-0,2%) e o Distrito Federal (-1,5%), todos influenciados por temperaturas menores e maior quantidade de chuvas em relação a setembro/23. As maiores altas foram de Espírito Santo (15,1%), Maranhão (10,4%), Amazonas (9,8%) e Rondônia (6,9%).
Entre os ramos de atividade, os maiores avanços foram de saneamento (7,6%), madeira, papel e celulose (7,5%), extração de minerais metálicos (6,5%), manufaturados diversos (6,2%) e veículos (5,7%). As maiores quedas foram registradas nos ramos de telecomunicações (-3,8%), transportes (-2,8%) e químicos (-1,5%).
Chuvas abaixo da média em outubro
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para a semana operativa que vai do dia 12 a 18 de outubro indica que a Energia Natural Afluente (ENA) se mantém abaixo da média do histórico para o mês em todo o Brasil.
A estimativa é que a região Sul deva atingir o percentual mais elevado com 86% da Média de Longo Termo (MLT). Para os demais subsistemas, as projeções são as seguintes: Norte, 49% da MLT; Sudeste/Centro-Oeste, 45% da MLT; e Nordeste, 34% da MLT.
O comportamento da demanda de carga, de acordo com os cenários prospectivos, é de expansão no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todas as regiões. O avanço no SIN deve chegar a 4,4% (81.952 MWmed).
As perspectivas de maior crescimento são do Norte, com 8,8% (8.406 MWmed), e do Nordeste, com 5% (13.970 MWmed). Para o Sul e o Sudeste/Centro-Oeste, espera-se uma aceleração de 4,3% (13.298 MWmed) e 3,5% (46.278 MWmed), respectivamente. Os números são comparações entre as estimativas de outubro de 2024 ante o verificado no mesmo período de 2023.
As perspectivas para os níveis de Energia Armazenada (EAR) ao final do mês estão similares à primeira revisão. Dois submercados devem superar 50%: o Norte (62,4%) e o Sul (59,3%). A estimativa do Nordeste é de 43,9% e para o Sudeste/Centro-Oeste, o indicador está em 39,4%. Os percentuais estão compatíveis com o esperado para o período tipicamente seco em curso.
Fonte: Portal Solar