A geração de energia solar fotovoltaica no Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 35,8% em julho, para 3.063 megawatts médios (MWmed), ante 2.255 MWmed no mesmo período de 2023, mostra o boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A geração de usinas hídricas, eólicas e térmicas também apresentaram incremento no período, com avanços de 1,6%, 9,7% e 9%, respectivamente. No total, a geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou 70.943 MW médios, crescimento de 5,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
De acordo com a CCEE, o consumo de energia elétrica no SIN registrou crescimento de 5,8% em julho em relação ao mesmo mês do ano anterior. Enquanto o Ambiente de Contratação Livre (ACL) avançou 6,8%, o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) cresceu 5,1%.
Expansão da matriz
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a matriz elétrica brasileira expandiu em 6,25 GW nos primeiros sete meses do ano. Somente em julho, foram adicionados 875 MW, com a entrada em operação de 10 centrais usinas de energia solar fotovoltaica (494,82 MW) e 17 usinas eólicas (380,60 MW).
As usinas que passaram a operar em 2024 estão instaladas em 15 estados nas cinco regiões do país. Os destaques, em ordem decrescente, são o Rio Grande do Norte (1.687,55 MW), a Bahia (1.603,50 MW) e Minas Gerais (1.184,88 MW).
A Bahia foi o estado com maior expansão nem julho, com 20 novas usinas em operação e uma ampliação na oferta de 594,60 MW. Minas Gerais ficou em segundo lugar, com três usinas e 161,61 MW adicionados à matriz elétrica.
Dessa forma, a matriz elétrica do Brasil soma capacidade instalada de 204 GW. Desse total em operação, 84,65% são referentes a usinas de fontes renováveis.
Mercado livre de energia
Conforme a CCEE, o mercado livre atingiu a marca de 50 mil unidades consumidoras (UC), chegando a 51.708, com os varejistas saltando de 2.322 em julho do ano passado para 12.425 em julho de 2024, um aumento de 435%.
Neste mês, a prévia indica 2.503 novas migrações para o ACL, com 60,7% varejistas (1.519 UCs), 35,6% consumidores especiais (890 UCs), 3,4% consumidores livres (86 UCs) e 0,3% autoprodutores (8 UCs).
Ao analisar o consumo, enquanto o consumo dos consumidores livres registrou avanço de 7,5% e os especiais leve retração de -1,2%, o consumo de energia elétrica dos varejistas cresceu 4,5%, revertendo, consolidando a tendência de queda observada em maio e junho.
Fonte: Portal Solar