A geração de energia solar dobrou no mundo nos últimos três anos e atingiu 2.000 TWh em 2024, mostra relatório da empresa de pesquisa Ember. Conforme o estudo, a tecnologia fotovoltaica foi a maior fonte de nova geração elétrica pelo terceiro ano consecutivo, com 474 TWh, e a com o crescimento mais rápido pelo 20º ano seguido. No ano passado, mais da metade do aumento na geração solar global aconteceu na China, com o avanço na produção de energia limpa atendendo 81% do incremento da demanda do país.

Em 2024, foi estabelecido um novo recorde anual de potência adicionada de energia solar, mais do que o dobre instalado em 2022. A capacidade acumulada global da fonte atingiu 1 TW em 2022 após décadas de crescimento, mas chegou a 2 TW apenas dois depois, em 2024.

Fontes de baixa emissão
De acordo com a Ember, a geração de fontes de baixa emissão, o que inclui renováveis e nuclear, superou 40% da eletricidade global pela primeira vez desde a década de 1940. As fontes renováveis adicionaram um recorde de 858 TWh de geração no ano passado, 49% a mais do que a última maior marca, de 577 TWh, estabelecida em 2022.

O resultado, combinado com um pequeno aumento na geração nuclear de 69 TWh, trouxe a produção de fontes de baixa emissão no patamar de 40,9% da geração elétrica mundial no ano passado, contra 39,4% em 2023.

As hidrelétricas seguem como a maior fonte de energia de baixa emissão, com 14,3% de participação, seguida pela nuclear (9%), com eólica (8,1%) e solar (6,9%) rapidamente ganhando terreno e superando em conjunto a geração hídrica.

Ondas de calor
A demanda por eletricidade teve um forte crescimento em 2024, impactada pela expansão de novas tecnologias como inteligência artificial, data centers e veículos elétricos. Porém, conforme a pesquisa, a principal razão do incremento foi o uso de aparelhos de ar-condicionado durante ondas de calor.

Esse cenário trouxe aumento de 0,7% (208 TWh) para a demanda global de eletricidade no ano passado e resultou num crescimento superior ao registrado em 2023, 4% contra 2,6%. Consequentemente, a geração fóssil avançou 1,4% e as emissões do setor elétrico cresceram em 1,6% para um novo recorde de 14,6 bilhões de toneladas de CO2.

Sem as temperaturas mais altas, a geração fóssil teria aumentado apenas 0,2%, com a geração limpa atendendo 96% da demanda não relacionada ao calor.

Fonte: Portal Solar