O Brasil registrou recorde de adesões de consumidores ao mercado livre de energia em 2024. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) concluiu 26.834 migrações ao Ambiente de Contratação Livre (ACL) no ano passado, volume três vezes superior ao resultado de 2023.
Dessa forma, a CCEE encerrou 2024 com um quadro de 64.493 unidades consumidoras registradas, que representam cerca de 39% da demanda nacional por energia.
O crescimento está relacionado com a flexibilização dos critérios de acesso ao ambiente. Desde janeiro de 2024, é permitida a inclusão de consumidores de energia em média e alta tensão com demanda menor que 500 kW.
Novo perfil
O levantamento mostra uma transformação no perfil de quem ingressa no mercado livre de energia, com predominância de empresas de menor porte e até Pessoas Físicas. Do total de migrações do ano, 92% tinham demanda inferior a 0,5 megawatt (MW), unidades consideradas de tamanho médio a pequeno.
Cerca de 74% dos novos entrantes escolheram um agente varejista para representá-los. A figura tem o papel de facilitar o dia a dia dos consumidores e gerenciar oportunidades e riscos do mercado. Em 2023, os que escolheram este perfil foram apenas 15%.
“A abertura do mercado livre de energia para toda a alta tensão confirma uma tendência que já esperávamos, de uma demanda crescente da sociedade por ter mais poder de escolha na sua relação com o consumo energia elétrica”, afirmou o presidente do conselho de administração da CCEE, Alexandre Ramos.
Setores e Regiões
Conforme a CCEE, os setores de Comércio e Serviços são responsáveis pela metade das migrações registradas no ano passado, seguidos no ranking pela indústria de Manufaturados e o segmento Alimentício.
Em relação às regiões do Brasil, o Sudeste responde pelo maior volume de migrações, sendo responsável por 50% dos novos consumidores livres. O estado de São Paulo lidera este movimento, sendo seguido pelo Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais.
Fonte: Portal Solar