Quase 600 GW de energia solar deverão ser adicionados no mundo em 2024

Volume de instalações representa crescimento de 33% sobre o desempenho registrado no ano passado, mostra estimativa da BloombergNEF

O mundo deverá instalar 592 GW em energia solar em 2024, um avanço de 33% sobre o volume registrado no ano passado, mostra projeção da Bloomberg New Energy Finance (BNEF). Conforme a análise, os preços baixos das placas solares estão estimulando a demanda em novos mercados, mas pressionando os fabricantes, que estão competindo intensamente para manter o market share.

A previsão de instalações para esse ano foi revisada para cima em 1% no terceiro trimestre em relação ao segundo, em razão de desenvolvimentos na Índia e Paquistão, com ritmo mais lento que esperado no Japão e África do Sul. A maioria dos principais mercados segue construindo projeto de forma estável.

A estimativa da BNEF é de que a indústria global de energia solar conta com capacidade produtiva anual de 1,2 TW em painéis solares. Os preços das placas solares despencaram para US$ 0.096 por watt, os menores níveis já registrados. A maioria dos fabricantes deverão registrar perdas nesse ano.

Os preços do silício policristalino, principal matéria-prima dos módulos fotovoltaicos, caiu para US$ 4,7/kg. A BNEF destaca que esse valor está abaixo do custo de produção para quase todos os fabricantes.

Empresas estão fechando plantas para manutenção, reduzindo a estimativa anual de produção para 1,96 milhão de tonelada, ainda o suficiente para fabricar 900 GW em placas solares.

Investimentos
Outra pesquisa da BNEF indica que US$ 313 bilhões foram investidos em projetos de energia renovável no primeiro semestre de 2024, montante inferior ao registrados nos seis meses anteriores, mas em linha com o registrado na primeira metade de 2023, indicando que o setor como um todo mantém o ritmo.

O relatório mostra que diferenças no desempenho das fontes solar e eólica. Investimentos em usinas fotovoltaicas avançaram na comparação anual, atingindo US$ 221 bilhões no período. Porém, o ritmo de crescimento mostrou sinais de desaceleração, com painéis solares mais baratos resultando em menor necessidade de aportes e gargalos de conexão na rede impactando alguns mercados.

Já o investimento em projetos eólicos no primeiro semestre chegou a US$ 90,7 bilhões, queda de 11% em relação ao igual intervalo de 2023. Aportes em usinas offshore, que são muito impulsionados por leilões governamentais, foram particularmente baixos.

Enquanto isso, projetos onshore seguem enfrentando desafios frequentes com licenciamento e conexão com a rede. O setor segue avançando, mas a indústria tem dificuldades em manter um ritmo similar de instalações ao da energia solar.

Fonte: Portal Solar

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