O uso de equipamentos de energia solar plug-in está em crescimento na Europa, mostra relatório da SolarPower Europe. A redução nos preços de módulos fotovoltaicos tornou essa solução economicamente acessível, com grande potencial de democratizar a geração própria no bloco europeu, incluindo inquilinos em um mercado antes restrito aos proprietários dos imóveis.
Esse sistema normalmente consiste em uma ou duas placas solares que podem ser ligadas em uma tomada comum, usando um cabo e um microinversor. Dessa forma, o consumidor pode conectar com facilidade o equipamento, poupando tempo e dinheiro com a instalação.
É comum que os painéis sejam colocados em varandas, permitindo cobrir até 25% do consumo anual de energia de uma casa ou apartamento. Pelo tamanho menor e pelo posicionamento menos favorável, a geração de energia é inferior a de um sistema tradicional de telhado.
A eletricidade produzida pelas placas solares abastece os aparelhos eletroeletrônicos da residência. Caso o imóvel conte com um medidor bidirecional, é possível injetar a energia excedente na rede, mas existem restrições regulatórias e proibições para a participação desse tipo de equipamento no sistema de compensação de créditos em alguns países.
Alemanha lidera o mercado
A pesquisa indica que esse mercado está em crescimento na Europa, embora seja difícil mensurar os números exatos. A Alemanha lidera com mais de 780 mil sistemas plug-in registrados até o final de 2024. Porém, estimativas sugerem que até 4 milhões de equipamentos podem estar em uso no país.
Acompanhando esse avanço, estão as soluções de armazenamento de energia de pequeno porte (1 a 5 kWh), com o número de baterias com capacidade inferior a 2kWh crescendo 24 vezes entre 2023 e 2024 na Alemanha.
Em outros países, os dados sobre o uso de energia solar plug-in são menos precisos. A SolarPower Europa apurou que a atividade de empresas do setor indica crescimento da procura pela tecnologia na França, Espanha, Holanda, Polônia e Itália.
Conforme o estudo, a União Europeia e os governos nacionais do continente estão se tornando mais cientes dessa realidade, promovendo novas medidas para atender essa demanda. A Bélgica deve legalizar o solar plug-in em abril de 2025, enquanto a Alemanha tem buscado simplificar o registro do uso desse tipo de equipamento.
Os pesquisadores da entidade alertaram que, com o avanço desse mercado, é necessário estabelecer padrões de qualidade dos produtos e parâmetros claros para as conexões, garantindo segurança, compatibilidade com a rede e a confiança do consumidor.
Fonte: Portal Solar