Transição energética e o caminho para atingir a meta climática

A tendência geral nas ambições climáticas dos países vem se mostrando bastante positiva, indicando que a transição energética desempenha um papel fundamental na aceleração das ações climáticas e a implementação total dos mais recentes compromissos climáticos deixaria o mundo mais perto de atingir a meta proposta no Acordo de Paris, de manter a média do aumento da temperatura global abaixo de 1,5 °C.

O caminho compatível com a meta climática de 1,5°C requer uma enorme transformação global nas formas como a energia é produzida e nos padrões de consumo de energia.

A tendência geral nas ambições climáticas dos países vem se mostrando bastante positiva, indicando que a transição energética desempenha um papel fundamental na aceleração das ações climáticas e a implementação total dos mais recentes compromissos climáticos deixaria o mundo mais perto de atingir a meta proposta no Acordo de Paris, de manter a média do aumento da temperatura global abaixo de 1,5 °C. Entretanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido no sentido de aumentar a ambição das ações climáticas e acelerar a transição energética global para alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050.

A diferença de emissões entre os compromissos climáticos dos países e os esforços necessários para alcançar a meta climática proposta é estimada em 20 giga toneladas (Gt) (IRENAa, 2022) e a ampliação das energias renováveis e eletrificação de uso final, juntamente com medidas aceleradas de eficiência energética, são essenciais para reduzir as emissões. Planos e estratégias bem-sucedidos de transição energética de médio e longo prazo podem (e devem) ser apoiados por intervenções de curto prazo.

O caminho compatível com a meta climática de 1,5°C requer uma enorme transformação global nas formas como a energia é produzida e nos padrões de consumo de energia. Entre várias soluções, a transição energética é o caminho mais viável para reduzir pela metade as emissões até 2030 (IPCC, 2022). Integrar compromissos e planos climáticos com políticas de transição energética é essencial para que os países implementem ações climáticas mais ambiciosas.

O World Energy Transitions Outlook (WETO) 2022, publicado pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), apresenta seis rotas tecnológicas para atingir as metas climáticas: 1) aumentos significativos na geração e usos diretos de renováveis; 2) melhorias substanciais na eficiência energética; 3) a eletrificação dos setores de uso final; 4) hidrogênio verde e seus derivados; 5) bioenergia aliada à captura e armazenamento de carbono; e 6) uso de última milha de captura e armazenamento de carbono (IRENAb, 2022).

Perseguir essas rotas tecnológicas em ritmo acelerado contribuiria para reduções significativas das emissões, em direção ao objetivo de alcançar um mundo de carbono zero líquido até meados do século. Na Figura 1 é apresentado um esquema para a redução das emissões de através das seis rotas citadas.

Figura 1 - Redução das emissões até 2050 através de seis rotas tecnológicas (Adaptado IRENA, 2022)

O WETO 2022 também alerta que o ritmo e a escala atual da transição baseada em energias renováveis são inadequados, e intervenções de curto prazo para lidar com a atual crise de energia devem ser acompanhadas de forma robusta nas metas de médio e longo prazo para emissões líquidas zero.

Os altos preços dos combustíveis fósseis, as preocupações com a segurança energética (fortemente impactado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia) e a urgência das mudanças climáticas ressaltam a necessidade cada vez mais evidente de avançar mais rapidamente para um sistema de energia limpa.

E por isso a aceleração da transição energética baseada nas fontes renováveis é fundamental para bater as metas climáticas, já que as renováveis são peça central de medidas de mitigação, e, neste sentido, o Brasil é um expoente nesse mercado de energias renováveis, uma vez que possui um grande potencial hídrico, solar, eólico e de biomassa a ser explorado.

Hoje, a adoção de energia solar fotovoltaica no Brasil está passando por um período efervescente, com a instalação de aproximadamente 1 GW de potência instalada por mês já há algum tempo, tanto que está muito próxima de se tornar a segunda maior fonte da matriz elétrica nacional.

E um novo mercado vem ganhando força no cenário nacional: o do hidrogênio verde, que é produzido a partir de energias renováveis e tem sido apontado como o combustível do futuro. Sendo assim, cabe ficar atento as oportunidades de investimentos que estão surgindo.

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